Líder do PS estabelece metas: “Queremos ganhar Lisboa, Porto, Coimbra e Braga"
José Luís Carneiro assume objetivos eleitorais para as próximas autárquicas, em outubro. “Queremos ganhar Lisboa. É um objetivo político, tal como o Porto, Coimbra e Braga. Queremos manter o PS como grande partido autárquico. Queremos que a qualidade de vida se mantenha e sentir que essas políticas que beneficiam as pessoas são seguidas”, garantiu esta sexta-feira, 18 de julho, em conversa com os jornalistas durante a apresentação da candidatura de Alexandra Leitão ao município de Lisboa.
O secretário-geral do PS concorda com a decisão de Pedro Nuno Santos de escolher a antiga líder parlamentar e ex-ministra da Administração Pública. “É uma escolha acertadíssima. Já deu provas como Secretária de Estado da Educação, como ministra, como ex-líder parlamentar. É uma honra termos a Alexandra como cabeça de lista. É das candidatas mais dedicadas ao serviço público no PS. Tem uma vontade de servir as pessoas”, valorizou.
Agora a habituar-se, mais ativamente, à vida na capital, pelas funções de líder do PS, Carneiro comenta os problemas na cidade e a governação de Moedas. “A qualidade do espaço público, a mobilidade, a habitação, o rendimento, tudo isso é relevante para os lisboetas. O que tenho sentido é que esta candidatura quer resolver as questões concretas da cidade. É preciso viver com dignidade em Lisboa. É uma cidade aberta ao mundo, sempre o foi. Ando no metro, na rua. A cidade precisa de atenção, digo mais, precisa de carinho, de cuidado com as pessoas. Há problemas graves na cidade”, detalhou, mencionando com agrado o apoio do PAN, Livre e Bloco de Esquerda à candidatura.
Antes de rumar ao funeral do histórico socialista José Junqueiro, Carneiro desvalorizou a ausência do PCP da coligação Viver Lisboa: “Deram as mãos os que quiseram ter este espírito de serviço. Estão na partilha de um dever comum, depois de uma longa negociação.”
Os compromissos de Alexandra Leitão
"A nossa ideia é reconstruir lisboa, promover espaços públicos descuidados. Lisboa tem de ser uma cidade com futuro, mas viver em Lisboa é ter casa, encontrar uma creche, ter sombra num jardim", disse, por sua vez, Alexandra Leitão, candidata à presidência da autarquia na coligção Viver Lisboa. "Com Carlos Moedas há propaganda, mas não substância. Ao fim de quatro anos de mandato apresenta planos não executados. Radical é não ter política de habitação, não instalar câmaras de vigilância e ter uma polícia municipal em mínimos históricos. Trata-se de escolher entre quem adia e quem faz", acrescentou.
"Queremos que pelo menos 20% das casas sejam públicas, investir em cooperativas e criar programa de qualificação para os bairros municipais. Quem vive de casas não pode esperar mais quatro anos. Queremos quotas de renda acessível e travar o alojamento local", enumerou, realçando a opinião de que "a cidade precisa de ambição para a habitação".
De acordo com a candidata, é necessário "garantir transportes públicos gratuitos para moradores, um plano metropolitano que integre os concelhos vizinhos, mais faixas para autocarros". "Queremos mapear e proteger as árvores e pensar na sustentabilidade e nas alterações climáticas", acrescentou.
Lembrando que "Carlos Moedas teve condições, estabilidade e meios e fundos europeus imprecedentes", Alexandra Leitão defendeu que o autarca "tem de assumir o seu legado sem vitimizações".
"As pessoas falam das escolas degradadas, da insegurança pelo tráfico de droga, dos transportes que demoram", realçou, falando depois no objetivo de ter uma "Lisboa com ambição" que se venha a tornar "referência europeia". "Precisamos que a nossa cidade volte a gostar de si própria. É o nosso compromisso", rematou.