António José Seguro: "abençoado" por apoios "muito plurais", mas ainda sem definição sobre PS
António José Seguro sente-se "muito satisfeito" com o avanço da sua candidatura à Presidência da República desde o anúncio, há cerca de duas semanas, até agora.
"Como sabe, ainda faltam uns meses largos, mas estou muito satisfeito. Sinto-me uma pessoa abençoada pelos apoios muito plurais que vêm de todos os setores políticos, sociais, económicos, desportivos, empresariais da sociedade portuguesa. Estou muito feliz", disse Seguro ao DN.
Sobre um apoio que ainda está por ser definido, do PS, que não terá Augusto Santos Silva na corrida à Belém, o candidato deixa para o partido a decisão. "É uma pergunta que tem de ser feita ao Partido Socialista, que já disse que só vai tratar desse assunto depois das autárquicas", afirmou.
Seguro ainda reforçou a independência de sua candidatura. "Eu sou uma candidatura suprapartidária. Portanto, nasceu de baixo para cima. E vai manter-se superpartidária até ao fim. É assim que eu entendo que é o cargo de Presidente da República. Há alguém acima dos partidos e há alguém que os unes. E eu vim para unir, vim para mobilizar os portugueses. É esse o meu propósito. Portugal tem de ser um país justo e de excelência", declarou o candidato.
António José Seguro falou ao DN após a sua intervenção no painel sobre a nova ordem económica internacional na 13.ª edição do Fórum de Lisboa, nesta quarta-feira, 2 de julho. O evento é liderado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil Gilmar Mendes e traz a elite política daquele país a Portugal.
"É evidente que as relações, quer no âmbito bilateral, quer em outros fóruns onde Portugal e o Brasil são presentes, é muito importante, porque temos um passado em comum, temos uma língua que nos une, temos fluxos migratórios e fluxos económicos importantes e seria uma tolice nós desaproveitarmos todos estes recursos humanos, económicos, todo este potencial que temos entre os dois países", destacou o candidato.
Esta foi a segunda vez que António José Seguro participou do evento e não escondeu que pretende voltar em 2026 como presidente. "Espero, para o ano, voltar, noutra condição", disse.
O evento decorre até sexta-feira, 4 de julho, com o ex-secretário de Estado norte-americano Mike Pompeo como um dos convidados internacionais e com outros dois presidenciáveis portugueses a darem a cara. Luís Marques Mendes será o keynote speaker na abertura dos trabalhos na quinta-feira e Henrique Gouveia e Melo no encerramento, na sexta-feira.