Ventura quer segundo lugar nas presidenciais e terceiro nas legislativas

Segundo o partido, estarão presentes em Évora cerca de 500 delegados de todo o país, mais 150 observadores e 50 convidados, incluindo membros de sindicatos e ordens profissionais.

O líder do Chega abriu este sábado a II Convenção Nacional do partido populista, em Évora, para estabelecer como objetivos eleitorais ficar em segundo lugar das presidenciais de janeiro e em terceiro nas legislativas, previsivelmente em 2023.

"Vou lutar com tudo o que tenho para ficar no segundo lugar das eleições presidenciais, em janeiro", acentuou Ventura, traçando como objetivo forçar Marcelo Rebelo de Sousa a uma segunda volta.

O presidente do Chega perspetivou ainda que o partido vai ficar no terceiro lugar nas próximas eleições legislativas e "remeter o BE para o lugar que deve ter".

Ventura antecipou ainda que o Chega vai ser "a grande surpresa" nas eleições autárquicas de 2021, já depois de ter obrigado Marcelo Rebelo de Sousa a uma segunda volta nas eleições presidenciais.

"Nós queremos a segunda volta da eleições presidenciais em Portugal, ser a terceira força política nas próximas eleições legislativas e ser a grande surpresa das eleições autárquicas que vamos celebrar no próximo ano em Portugal", elencou.

O presidente reeleito em 5 de setembro defendeu também as propostas de alteração dos estatutos do partido para "estabilizar" a vida interna, por exemplo o aumento dos mandatos para quatro anos em vez dos atuais três ou a criação da juventude partidária nacional e local, mas não eleita, antes nomeada pela direção e secções distritais.

"O partido que muitos diziam que nem sequer devia ser legalizado passou para o partido que todos temem, o partido com que todos se querem coligar para formar Governo", congratulou-se para logo prometer que esta força política "nunca vai vergar nem vender-se ao sistema".

Segundo Ventura, o Chega não nasceu "fazer fretes a nenhum partido, nem ao PSD nem nenhum outro".

Segundo o partido, estarão presentes em Évora cerca de 500 delegados de todo o país, mais 150 observadores e 50 convidados, incluindo membros de sindicatos e ordens profissionais.

Também está prevista a alteração de estatutos para criar um organismo de juventude, à semelhança de outros partidos (CDS-PP, PSD, PS, PCP) e aumentar os mandatos de três para quatro anos, além da eleição dos novos órgãos sociais.

A convenção do Chega vai contar com depoimentos vídeo da francesa Marine Le Pen (Frente Nacional) e do italiano Matteo Salvini (Liga Norte).

Outros membros da extrema-direita europeia (Identidade e Democracia) vão estar presentes, como o belga e presidente da ID, Gerolf Annemans (Interesse Flamengo) ou o francês Thierry Marinai, antigo ministro de Sarkozy e atual membro da Frente Nacional.

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