Governo reconhece-se na mensagem de Ano Novo de Marcelo
"Temos assistido, efetivamente, a esse caminho para o populismo e, às vezes, para situações ou de xenofobia ou de impulsos de extrema-direita e de radicalismos perigosos nalgumas das nossas democracias, até na própria Europa", afirmou aos jornalistas em Vouzela, onde acompanhou a entrega de chaves de habitações reconstruídas após os incêndios de outubro de 2017.
Também na Europa, partidos da extrema-direita, "com impulsos que nós não queríamos nas nossas democracias, têm encontrado espaço", acrescentou o ministro do Planeamento e das Infraestruturas.
O Presidente da República apelou, na terça-feira, ao exercício do voto nos três atos eleitorais de 2019 e considerou fundamental que haja bom senso nessas campanhas, advertindo que radicalismos, arrogâncias e promessas impossíveis destroem a democracia.
Na opinião de Pedro Marques, "o discurso de Ano Novo do Presidente da República foi muito bem recebido em toda a classe política", mas, sobretudo, pelos portugueses em geral.
Segundo o ministro, os impulsos populistas "têm encontrado espaço sempre que as pessoas sentem desesperança ou sentem que as desigualdades permanecem".
Por isso, o Governo a que pertence tem trabalhado para que estes quatro anos sejam "de recuperação económica e de recuperação de emprego no país" e também "de redução de desigualdades, porque os portugueses têm que compreender que os políticos estão a governar para melhorar as condições de vida dos que menos têm", garantiu.
"É para isso que a política pública serve, se não funcionava apenas a economia de mercado", frisou.