Direção de Rio ataca "colaboracionista" da imprensa
O presidente do PSD, Rui Rio, desdramatizou no sábado aquilo que, afinal, o secretário-geral social-democrata, José Silvano, afirmou tratar-se de "guerrilha partidária", com a publicação de um comunicado no site do partido.
Depois de notícias sobre o mal-estar com que a direção do PSD recebeu a proposta do próprio líder, Rui Rio, sobre uma taxa semelhante à que o BE propôs para a especulação imobiliária, o presidente social-democrata rejeitou a existência de divisões na sua direção.
José Silvano reconheceu que há um "colaboracionista" na própria Comissão Política Nacional do partido: "A notícia que originou toda esta desinformação", escreve o secretário-geral do PSD, teve, "necessariamente, a colaboração direta de alguém que, tendo estado presente, não se coibiu de usar um jornalista para a prossecução de pequeninos objetivos de guerrilha partidária".
Silvano aponta o facto de "praticamente a totalidade dos membros da Comissão Política Nacional" lhe ter "transmitido, por escrito, o mais vivo repúdio", "pela falsa ideia de divisão que estão a tentar criar na opinião pública", para além do "desgosto de verificar que a notícia que originou toda esta desinformação" teve a referida "colaboração direta de alguém".
Segundo o secretário-geral do PSD, "a Direção Nacional do Partido Social Democrata está globalmente coesa, compreendeu exatamente a ideia transmitida pelo seu presidente no que concerne à necessidade de combater a especulação imobiliária e concorda com esse objetivo político - que, em nome do interesse público, não pode deixar de o ser, apenas porque um outro partido também o entende como necessário".
José Silvano defende mesmo que "foi, inclusivamente, a Direção do partido que propôs ao Presidente a transformação da sua ideia em proposta concreta, a apresentar em sede de debate do Orçamento de Estado para 2019".
Segundo notícias do Expresso, os vice-presidentes Nuno Morais Sarmento e Castro Almeida que falaram, respetivamente, de "tiro no pé" e de "descaraterização ideológica" por Rui Rio ter dito que a proposta do BE para taxar a especulação imobiliária "não é assim tão disparatada".