Costa reúne-se na terça-feira com Bloco de Esquerda, PCP e PAN

Próxima semana será decisiva nas negociações para a viabilização do Orçamento
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O primeiro-ministro reúne-se na terça-feira com o Bloco de Esquerda, PCP e PAN para procurar um acordo para a viabilização da proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2021, disse fonte do Executivo à agência Lusa.

Na quarta-feira, de acordo a mesma fonte, António Costa terá um encontro também sobre o Orçamento do Estado com o PEV, outro dos parceiros parlamentares do PS desde novembro de 2015.

A Assembleia da República começa em 27 de outubro a debater a proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2021, estando a votação na generalidade marcada para o dia seguinte, 28.

Fontes do Governo e da direção do PS referiram à agência Lusa que o executivo de António Costa ainda não dispõe até hoje de quaisquer garantias políticas dos parceiros parlamentares dos socialistas para a viabilização do Orçamento e que a próxima semana será "decisiva" em relação aos resultados das negociações.

Ainda esta sexta-feira, o jornal online Observador avançou que o PSD vai votar contra a propsota de Orçamento de Estado apresentada pelo Governo, deixando o PS entregue à esquerda parlamentar. Fonte do PSD consultada pelo DN negou, no entanto, que já haja uma decisão tomada por Rui Rio quanto ao sentido de voto da bancada laranja em relação ao Orçamento.

Em entrevista ao jornal Publico, publicada esta sexta-feira (16), o primeiro-ministro deixou vários avisos ao Bloco de Esquerda, força política que admite votar contra a proposta de Orçamento logo na generalidade caso o Governo não ceda em matérias como os despedimentos, o Novo Banco e âmbito do novo apoio social.

António Costa disse que o limite do Governo nas negociações "é o bom senso e aquilo que é razoável", advertindo que a prioridade não pode passar pela proibição dos despedimentos, mas pelos apoios à manutenção do emprego".

No caso das empresas, de acordo com o primeiro-ministro, não se pode "matar o doente com a cura", sendo necessário "deixar os estabilizadores automáticos da economia funcionaram com controlo".

No caso do Novo Banco, António Costa voltou a defender que em 2021 os contribuintes não vão financiá-lo indiretamente, através do Fundo de Resolução, como tem acontecido nos últimos anos - uma medida que disse ter sido adotada para responder a uma das exigências feitas pelo Bloco de Esquerda ao Governo.

Na entrevista, o primeiro-ministro deixou ainda o reparo de que não gostaria de prosseguir as negociações com o Bloco de Esquerda através do canal [jornal] Público", referindo depois que o seu executivo está a fazer um "esforço de aproximação" do ponto de vista político e até se chegar ao dia da votação final global da proposta de Orçamento há "tempo para procurar ultrapassar divergências"

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