Tráfico de 'crack' em Coimbra. PJ desfaz grupo gerido como uma empresa
Formavam um grupo criminoso muito organizado, "invulgar no panorama do tráfico de estupefacientes na zona de Coimbra, que funcionava em obediência a uma lógica empresarial e assente numa rigorosa estrutura hierárquica". É assim descrito pela Polícia Judiciária o grupo de 12 pessoas, que tinha ainda mais colaboradores, e que dedicava ao tráfico de 'crack', nome como é conhecida a cocaína solidificada em cristais. Dos 12 suspeitos, cinco estão em prisão preventiva e o total de arguidos no processo é de 19 pessoas, com idades compreendidas entre 20 e os 50 anos,
Após as detenções e a apreensão de droga e material utilizado no tráfico terem ocorrido em novembro do ano passado, na denominada Operação Craxis, a Diretoria do Centro da PJ dá agora por concluída a sua investigação. A forma empresarial como funcionava a rede é explicada pela Judiciária. Cada elemento do grupo tinha as tarefas bem definidas.
"Parte dos arguidos desempenhavam tarefas específicas, tais como transporte, preparação, guarda e entrega de estupefaciente a outros que exerciam tarefas de supervisão, que posteriormente o faziam chegar aos vendedores de rua, que 'trabalhavam' por turnos, 24 horas por dia, sobretudo na zona da baixa da cidade", esclarece o comunicado policial.
O relatório da PJ, com proposta de acusação, foi agora remetido ao Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Coimbra para a dedução da acusação pública.