Portugal atinge recorde de mortes num dia. E há mais 111 internamentos
Depois de na semana passada se terem batido recordes negativos no que respeita à propagação da covid-19, o país continua muito longe de achatar a curva das infeções pelo novo coronavírus e bate o recorde de mortes em 24 horas pelo novo coronavírus.
Os dados das últimas 24 horas apontam para mais 3996 casos e 91 óbitos, totalizando agora o País 225672 pessoas infetadas e 3472 mortos desde o início da pandemia. O Norte do país continua a ser a região com mais casos.
A região Norte soma mais 2063 casos e 44 mortes, perfazendo 114025 casos e 1607 mortes.
Já Lisboa e Vale do Tejo, a segunda região com mais casos, registou novas 1350 transmissões e mais 33 óbitos, contabilizando agora 80809 casos e 1302 mortes. A região Centro teve mais 462 casos e mais 11 mortes, atingindo as marcas de 21053 infeções e 433 vítimas mortais. O Alentejo registou mais 39 casos e 3 mortes, pelo que tem agora um total de 4304 casos e 79 óbitos.
Sem contar com as regiões autónomas, o Algarve continua a ser a região com menos casos. Conta agora mais 56 casos, perfazendo no total 4173 casos e 34 óbitos.
Nos Açores há a registar mais 10 casos e na Madeira 16, com cada região a totalizar um pouco menos de 700 casos no total.
Contas feitas, Portugal tem neste momento 80045 pessoas com covid-19 num total de 225672 que testaram positivo ao vírus. Nas últimas 24 horas, 3560 pessoas recuperaram da doença enquanto 91 não resistiram.
Um dado importante é o número de novos internamentos hospitalares, tendo em conta a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde. No dia em que o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) anunciou que está prestes a atingir o limite de camas para internamento de doentes com covid-19 (tem 83 pessoas na enfermaria, e apenas sete camas disponíveis), regista-se agora um total de 3040 doentes em enfermarias (um acréscimo de 111 pessoas) e 426 em unidades de cuidados intensivos (UCI), mais 11 do que no dia anterior.
No âmbito do estado de emergência devido à pandemia, o recolher obrigatório foi alargado nesta segunda-feira a mais 77 concelhos, totalizando agora 191.
A lista dos municípios com risco elevado de transmissão da covid-19, originalmente com 121 concelhos, foi atualizada na quinta-feira passada pelo Conselho de Ministros, com o primeiro-ministro, António Costa, a anunciar a retirada de sete municípios no dia seguinte e a inclusão de 77 concelhos a partir das 00.00 desta segunda-feira.
O estado de emergência vigora pelo menos até 23 de novembro, o que inclui a proibição de circulação na via pública durante a semana, entre as 23.00 e as 05.00, e no próximo fim de semana, entre as 13.00 e as 05.00.
Nos Açores, o governo regional decretou o encerramento de todas as escolas em que tenham sido detetados casos do novo coronavírus na ilha de São Miguel, o que equivale ao fecho de 21 estabelecimentos, a partir desta segunda-feira, e até 1 de dezembro.
A investigação científica abre uma nova janela de esperança. A farmacêutica norte-americana Moderna anunciou na segunda-feira que a sua vacina contra a covid-19 é de uma eficácia de 94,5%, tendo em conta uma análise inicial dos resultados aos testes. Este resultado ainda não é conclusivo nem foi revisto por pares. No entanto, recebeu já elogios do diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, Anthony Fauci, cujo Centro de Investigação de Vacinas colaborou no desenvolvimento desta vacina.
A Moderna diz que até ao final do ano está em condições de produzir 20 milhões de vacinas, o que equivale a 10 milhões de pessoas inoculadas (o tratamento faz-se em duas doses). É objetivo da empresa fabricar pelo menos 500 milhões de doses em 2021.
A Moderna faz parte da Operação Warp Speed, uma iniciativa da administração Trump em acelerar a chegada de uma vacina do novo coronavírus. A Moderna recebeu 2,5 mil milhões de dólares para investigação, desenvolvimento e produção da vacina.
Há uma semana, a norte-americana Pfizer e a alemã BioNTech anunciaram uma vacina com 90% de eficácia. Esta parceria não faz parte da Operação Warp Speed, mas tem um contrato de venda de vacinas aos EUA.
Até ao final do ano a Pfizer conta poder distribuir vacinas para 25 milhões de pessoas.
Horas depois do anúncio da Pfizer, foi a vez da Rússia informar que a sua vacina, Sputnik-V, tem uma eficácia de 92%.
Depois da aprovação pela Agência do Medicamento Europeia, chegarão em dias as primeiras doses de vacinas a Portugal.