Covid-19 em Portugal. Dia com menos casos da última semana, mas com mais internados

O boletim epidemiológico da DGS de hoje refere que há mais 463 infetados com o novo coronavírus no país e cinco mortes. Há sete dias que não havia tão poucos casos diários, no entanto, as hospitalizações aumentam para níveis de maio.
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Em Portugal, nas últimas 24 horas, morreram mais cinco pessoas e foram confirmados mais 463 casos de covid-19 (um aumento de 0,7% em relação ao dia anterior). Segundo o boletim epidemiológico da DGS desta terça-feira (22 de setembro), no total, desde que a pandemia começou, registaram-se 69 663 infetados, 45 974 recuperados (mais 238) e​ 1 925 vítimas mortais no país.

Há, neste momento, 21 764 doentes portugueses ativos a ser acompanhados pelas autoridades de saúde, mais 220 do que ontem.

A maior parte dos casos diagnosticados no último dia encontram-se em Lisboa e Vale do Tejo (mais 198 - 42,7% do total diário) e no Norte (mais 191 - 41,3%).

Seguem-se a região do Centro (mais 36 casos), a do Algarve (mais 21), o Alentejo (mais 12), a Madeira (mais três) e os Açores (mais dois).

Os dados da DGS indicam que esta terça-feira é o dia com o menor número de novos casos numa semana, desde 15 de setembro, quando foram reportados 425 diagnósticos de covid-19.

No entanto, o número de hospitalizações não acompanha esta redução, pelo contrário. Estão internados 546 doentes, ou seja, mais 28 do que no dia anterior. É preciso recuar até ao dia 23 de maio para encontrar uma altura em que os hospitais portugueses tiveram mais pessoas com covid-19 internadas: 550.

Nos cuidados intensivos há agora 70 pessoas - mais nove do que na véspera. Desde 16 de julho que não havia sete dezenas de infetados agudos. Na altura, eram 72.

Quanto aos cinco óbitos registados, estes distribuem-se por Lisboa e Vale do Tejo (três) e pelo Norte (dois).

As vítimas mortais são três homens e duas mulheres. Quatro tinham mais de 80 anos, um tinha entre 70 e 79.

A taxa de letalidade global do país é hoje de 2,76%, subindo aos 14,09% no caso das pessoas com mais de 70 anos - as principais vítimas mortais.

O boletim da DGS de hoje indica ainda que as autoridades de saúde estão a vigiar 40 418 contactos de pessoas infetadas (menos 47 do que ontem).

O Plano da Saúde para o outono-inverno 2020-21 foi apresentado nesta segunda-feira. O documento prevê um aumento da capacidade de testagem do país, nomeadamente, através de exames regulares a profissionais de saúde; a definição de novos circuitos de tratamento, com áreas dedicadas para doentes respiratórios; maior colaboração dos cuidados de saúde primários e de hospitalização domiciliária; um reforço da vacinação contra a gripe; e armazenamento de equipamentos de proteção individual e medicamentos.

Fala ainda num sistema de vigilância epidemiológica distrital (mapas com diferentes níveis de risco em função do ritmo de contágio de cada localidade, e a partir dos quais será possível adequar a proporcionalidade das medidas contra o vírus), em hospitais de retaguarda para doentes com alta médica que continuem a ocupar camas hospitalares e no uso de máscara ao ar livre sempre que não esteja garantido o distanciamento físico.

O novo coronavírus já infetou mais de 31,5 milhões de pessoas no mundo inteiro até esta terça-feira e provocou 970 097 mortes, segundo dados oficiais. Há agora 23,1 milhões de recuperados.

No total, os Estados Unidos da América são o país com a maior concentração de casos (7 046 444) e de mortes (204 515). Em termos de número de infetados acumulados no mundo, seguem-se a Índia (5 568 740), o Brasil (4 560 083) e a Rússia (1 115 810). Portugal surge em 49.º lugar nesta tabela.

Quanto aos óbitos, depois dos Estados Unidos, o Brasil é a nação com mais mortes declaradas (137 350). Depois, a Índia (88 992) e o México (73 697).

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