Semana fecha com menos 893 casos e 21 mortes do que a anterior
Há mais 3334 casos e mais 71 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas em Portugal, segundo os dados do relatório de situação da Direção-Geral da Saúde (DGS) deste domingo (20 de dezembro).
Desde o início da pandemia, já foram registados 374 121 casos e 6134 mortes em Portugal. Nesta semana, houve registo de menos 893 casos novos e menos 21 mortes do que na semana anterior.
De acordo com o último balanço da DGS, há mais 54 pessoas internadas (são agora 3027, voltando a ultrapassar-se a marca dos três mil internamentos), mas menos duas nos cuidados intensivos (são 483).
Há, neste domingo, mais 2419 recuperados, sendo já 297 233 aqueles que ultrapassaram a doença. No total há 70 754 casos ativos no país, mais 884 do que na véspera. Há ainda mais 3088 contactos em vigilância, num total de 82 591.
Na divisão regional, a região Norte continua a ser a que apresenta piores números. São mais 1505 casos e 25 mortes este domingo, enquanto Lisboa e Vale do Tejo surge com 979 casos e 22 mortes. Na região Centro, são 21 as mortes, com 543 casos novos. No Alentejo há 206 novas infeções e duas mortes e no Algarve são 63 casos novos e uma morte.
Nas ilhas não há vítimas mortais, mas há mais 31 casos na Madeira e sete nos Açores.
Das 71 mortes registadas no boletim deste domingo, 49 referem-se a doentes com mais de 80 anos. Há ainda 16 mortes na faixa etária dos 70 aos 79 anos e mais seis na dos 60 aos 69.
Na última semana foram registados 25 377 casos novos, menos 893 do que na semana anterior. É uma média diária de 3625 casos novos, face aos 3753 da semana passada.
Também o número de mortos semanal está em queda. Nesta semana foram registados 575, menos 21 do que na semana anterior. É uma média de 82 por dia contra 85 na semana passada.
Mas o número de recuperados também é inferior: 25991 esta semana, menos 2276 que na semana passada. Uma média de 3701 por dia contra 4038 na semana passada.
A semana acaba também com menos internados. No último domingo, havia 3157 pessoas internadas, além de 513 em UCI. Este domingo são 3027 e 483 nos cuidados intensivos.
Países Baixos, Bélgica e Itália já anunciaram a suspensão de voos do Reino Unido, onde foi detetada uma nova variante de coronavírus mais contagiosa do que o normal. Mas Portugal não está a planear fazê-lo.
"É conhecida a posição portuguesa de privilegiar as medidas de proteção tomadas universalmente, em vez de restringir em demasia as possibilidades de circulação de pessoas que têm de viajar por razões essenciais (profissionais, por reunião familiar, etc.)", indicou ao DN fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
"Mas seguiremos com atenção a evolução da situação epidemiológica do Reino Unido, privilegiando a cooperação estreita entre as autoridades de saúde dos dois países", acrescentou, em resposta à pergunta sobre se Portugal estava a estudar aplicar a mesma medida que Países Baixos ou Bélgica, que já suspenderam os voos, ou que a Alemanha, que está a estudar essa mesma medida.
O governo português estimou a compra de 22 milhões de doses de vacinas para vacinar toda a população portuguesa. O processo será longo e gradual, pois depende da produção das empresas, e vai custar ao Estado cerca de 200 milhões de euros. No Plano de Vacinação, está definida toda a logística.
A Portugal, as vacinas deverão chegar entre os dias 24 e 26, anunciou Francisco Ramos, coordenador da Task Force para o Plano de Vacinação, nomeada pelo governo. Todo o processo de aquisição e de distribuição pelos 27 Estados-membros tem estado a cargo da União Europeia, que logo em outubro pediu aos Estados-membros que definissem planos de vacinação porque não haveria vacinas para vacinar toda uma população de uma só vez.
Portugal definiu três fases para a vacinação, com grupos prioritários, mas o cumprimento destas está dependente da capacidade de produção dos laboratórios e da sua capacidade de entrega. A logística da produção ao armazenamento e à distribuição tem muitas restrições e impõe condições em relação a quem vai ser vacinado e onde.
Joaquim Arsénio, 70 anos, visita a mãe no Lar de São José da Lamarosa, em Coruche. É Rosa Arsénio, de 89 anos e que há 12 perdeu o andar. Recebe o filho numa cadeira de rodas na ponta da mesa, na parte principal do edifício. O filho está na outra ponta, com três metros a separá-los. A comunicação entre os dois é difícil. "É uma grande distância e ela não ouve bem, às vezes pergunta o que venho cá fazer. Venho vê-la", diz-lhe Joaquim. Tenta fazer conversa: "A mãe está bem?" Rosa responde: "Estou e tu?" Ele assegura: "Estou ótimo, graças a Deus."
Esta vai ser a forma de contacto mais próxima que os familiares dos utentes terão neste Natal devido à pandemia. Será aberto um segundo espaço para permitir o agendamento de mais pessoas. O mesmo se irá passar na maioria destas residências. As saídas são restritas, não só porque não têm instalações para que façam a quarentena no regresso, mas também porque as famílias não arriscam estar com os mais velhos.