233 novos casos e 485 recuperados. Os melhores registos dos últimos dias
Em Portugal, nas últimas 24 horas, foram registados mais 233 casos de covid-19 e 6 mortes. No total, o país tem 47.051 infetados desde o início da pandemia e o número de mortos atingiu os 1668, de acordo com o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS), divulgado esta terça-feira (14 de julho).
O boletim da DGS indica que 61% (143 casos) destes 233 novos casos foram registados na região de Lisboa e Vale do Tejo que tem agora um acumulado de 23.008 casos de covid-19. O número de novos casos é o mais baixo dos últimos oito dias, a nível nacional, apenas com mais um caso do que o registo de 232 casos em 6 de julho. No caso da região de Lisboa é mesmo uma descida considerável - é preciso recuar até 25 de maio para encontrar um número mais baixo (131 casos) de testes positivos nesta área do país.
Permanecem internadas em hospitais 472 pessoas (mais cinco), das quais 69 (mais seis) estão em unidades de cuidados intensivos. São os números mais negativos do dia com o aumento de hospitalizados e sobretudo de doentes em cuidados intensivos.
As seis pessoas que morreram tinham todas idades acima dos 70 anos, com três delas a terem mais de 80 anos. Eram todas residentes na região de Lisboa e Vale do Tejo.
Lisboa e Vale do Tejo tem agora um total de 541 óbitos, enquanto a região Norte regista 823. As restantes mortes distribuem-se assim: 250 mortos no Centro, 18 no Alentejo, 15 no Algarve e o mesmo número registado nos Açores.
Nos novos casos, Lisboa teve então 233, o Norte regista mais 42 casos, o Centro 21, o Algarve 17 e o Alentejo 10. Açores e Madeira não tiveram resultados positivos em testes de diagnóstico.
O número total de recuperados é agora de 31.550, o que significa que houve mais 485 pessoas que recuperaram da doença em relação ao boletim do dia anterior. Este é maior número de recuperados a serem registados num único dia desde o final de maio.
Há 1472 testes realizados cujos resultados ainda não conhecidos.
O relatório desta terça-feira já inclui informação atualizada por concelho. A DGS indica que existem 11 concelhos com mais de mil casos, com Lisboa (4.084), Sintra (3.219) e Loures (2.088) à cabeça.
No caso de Lisboa foram acrescentados mais 439 novos casos em relação ao boletim anterior com estes dados.
No Norte, Vila Nova de Gaia tem o maior número com 1756 casos, o Porto regista 1427, Matosinhos 1304 e Braga 1260.
Devido à pandemia, o país mantém-se a três velocidades, uma vez que o governo decidiu que a generalidade do país continua em estado de alerta, "a Área Metropolitana de Lisboa (AML) em estado de contingência e as 19 freguesias de cinco concelhos da AML em estado de calamidade para os próximos 15 dias", informou na segunda-feira a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva.
Apesar de uma diminuição na taxa de incidência "na zona mais afetada", os números ainda não deixam as autoridades sanitárias satisfeitas, afirmou a governante. "Não temos condições para mudar situação de Lisboa e Vale do Tejo nem das 19 freguesias destes cinco concelhos", frisou, não antecipando uma data se voltar a ver o país a uma só velocidade: "Vamos avaliando as circunstâncias e tomando medidas", disse sobre as freguesias de Lisboa, Loures, Sintra, Odivelas, Amadora.
Apesar da incidência de casos na Área Metropolitana de Lisboa, Mariana Vieira da Silva garantiu que "do ponto de vista da capacidade de resposta do SNS, a situação está muito controlada" e que essa "não é uma preocupação neste momento".
O uso de máscaras dentro de lojas e supermercados vai passar a ser obrigatório em Inglaterra a partir de 24 de julho para reduzir o risco de agravamento da pandemia de covid-19, anunciou o governo britânico.
Os infratores serão multados em até 100 libras esterlinas (110 euros), o mesmo valor da penalização para os passageiros que não usem máscara no transporte público, onde o uso de máscaras ou proteções para a cara já é obrigatório desde 15 de junho.
Até agora, o uso de máscara em espaços públicos fechados era apenas recomendado em Inglaterra.
"Há indícios crescentes de que usar uma máscara num espaço fechado ajuda a proteger" contra o coronavírus, afirmou um porta-voz do primeiro-ministro, Boris Johnson, que tinha dito na terça-feira que uma decisão seria tomada nos dias seguintes.
O uso de máscara em lojas já é obrigatório na Escócia e em vários outros países europeus.
Também a França decidiu que vai tornar obrigatório o uso de máscara em espaços fechados, anunciou o presidente francês, Emmanuel Macron, numa entrevista na televisão, na qual disse haver sinais de que o novo coronavírus está a "ganhar um pouco de força".
"Temos sinais de que o vírus está a ganhar novamente um pouco de força e é preciso prevenir e preparar. [...] Logo, temos de continuar a aplicar os gestos barreira e aí temos algumas fraquezas. Nas próximas semanas vamos tornar obrigatório o uso de máscara em todos os lugares públicos fechados", disse Macron, acrescentando que a medida entra em vigor a partir de 1 de agosto.
Nos EUA, o aumento de novos casos de infeção, que está a verificar-se sobretudo nos estados no sul e oeste do país, tem levado vários governadores a recuar na abertura de serviços e de comércio.
É o caso do governador da Califórnia, Gavin Newsom, que, na segunda-feira, ordenou o regresso de algumas medidas restritivas para travar a propagação do novo vírus. Voltam então a fechar restaurantes, bares, cabeleireiros, cinemas e locais de culto.
"Este vírus não vai desaparecer tão cedo. Espero que todos estejamos cientes disto, mesmo aqueles que imaginavam que iria desaparecer com o calor", avisou Newsom. Além das medidas para todo o estado, há 30 condados, entre os quais Los Angeles, onde as restrições vão ser mais apertadas. Na Califórnia, foram registados 8.358 novos casos diários, segundo os dados mais recentes, referentes a segunda-feira (13 de julho), sendo que o estado regista um total de 329.162 infetados, desde o início da pandemia, e 7.040 mortes.
A pandemia do novo coronavírus já causou a morte a pelo menos 573.091 pessoas e infetou mais 13,1 milhões em 196 países e territórios desde dezembro, segundo um balanço da agência AFP baseado em dados oficiais.
Pelo menos 7.063.900 casos foram considerados curados pelas autoridades de saúde.
Os Estados Unidos são o país mais afetado em termos de número de mortes e casos, com 135.615 e 3.364.547 casos, respetivamente. Pelo menos 1.031.939 pessoas foram declaradas curadas.
Depois dos EUA, os países mais afetados são o Brasil com 72.833 mortes e 1.884.967 casos, Reino Unido com 44.830 mortes (290.133 casos), México com 35.491 mortes (304.435 casos) e Itália com 34.967 mortos (243.230 casos).
A China (sem os territórios de Hong Kong e Macau) contabilizou oficialmente um total de 83.605 casos (três novos entre segunda-feira e terça-feira), incluindo 4.634 mortes (nenhuma nova) e 78.674 curados.
A Europa totalizou 202.998 mortes para 2.857.298 casos, América Latina e Caraíbas 146.581 mortes (3.420.016 casos), Estados Unidos e Canadá 144.436 mortes (3.472.354 casos), Ásia 44.628 mortes (1.816.070 casos), Médio Oriente 20.850 mortes (936.295 casos), África 13.459 mortes (610.271 casos) e Oceânia 139 mortes (11.828 casos).
Notícia atualizada às 17:00