"MP quer silenciar e destruir Rui Pinto", denunciam advogados
Um dia depois de ser conhecida a acusação do Ministério Público que pronunciou Rui Pinto por 147 crimes, 75 de acesso ilegítimo, 70 de violação de correspondência, um de sabotagem informática e um de extorsão na forma tentada, os advogados de defesa reagem de forma violenta. "Confirma-se a vontade do Ministério Público de silenciar e destruir Rui Pinto, evitando que prossiga a colaboração que vinha mantendo com as autoridades de investigação de outros países", afirmam Francisco Teixeira da Mota e William Bourdon, num comunicado hoje divulgado.
Para os defensores do jovem de Vila Nova de Gaia, suspeito de aceder a ficheiros informáticos da Doyen e do Sporting e ainda de tentar extorquir dinheiro, "a equipa constituída pelo Ministério Púbico para investigar a criminalidade no mundo do futebol parece estar mais dedicada a perseguir aqueles que a denunciam do que a investigar aqueles que a praticam".
Os advogados não se conformam com a acusação e tudo indica que irão contestá-la. Falam em falsidade, nulidades e ilegalidades, pelo que recursos devem estar a ser preparados. "A defesa de Rui Pinto lamenta que o Ministério Público, ao mesmo tempo que consegue evitar que a SAD de um clube de futebol seja pronunciada, consegue "descobrir" 147 crimes contra o seu constituinte e enquanto em Espanha a Doyen é objeto de processos fiscais e criminais, em Portugal goza do beneplácito das autoridades de investigação. Por último, acrescenta-se que a acusação deduzida contra Rui Pinto contém numerosas falsidades, nulidades e ilegalidades a que a defesa irá reagir no processo no seu devido tempo", afirmam o português e o francês que representam Rui Pinto
O hacker foi acusado neste processo mas ainda poderá ser alvo de outras acusações, já que o MP investiga outros acessos por via informática de que Rui Pinto será o autor, como é o caso dos emails do Benfica. O jovem mantém-se em prisão preventiva.