Subida invertida. Há menos um doente internado em cuidados intensivos

Mais 82 mortes e 6383 casos de covid-19 em Portugal nas últimas 24 horas. Internamentos (3192) e doentes em cuidados intensivos (516) baixaram ligeiramente.
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Portugal registou mais 6383 casos de covid-19 e 82 óbitos nas últimas 24 horas. Segundo o boletim epidemiológico da Direção Geral da Saúde (DGS), desta quinta-feira, há 3192 internados em hospitais (menos 59 do que na véspera), incluindo 516 (menos um do que na quarta-feira) em unidades de cuidados intensivos (UCI).

Inverte-se assim a a tendência de crescimento das últimas duas semanas do número de internados em cuidados intensivos. Há hoje menos uma pessoa em UCI do que ontem. Um ótimo indicador numa altura que Portugal deve atingir o pico de contágios - entre 25 e 30 de novembro, segundo a estimativa dos especialistas na última reunião do Infarmed - e é preciso retirar pressão sobre os serviços hospitalares.

São agora 280 394 pessoas infetadas no País desde o início da pandemia, me março, num total de 4 209 mortes (1, 5 %). Esta quinta-feira foram reportados mais 4588 recuperados (total de 193 944) nas últimas 24 horas. Ou seja 69% dos infetados já recuperaram. Em vigilância estão agora 80 367 doentes, menos 579 do que na quarta-feira.

A região norte continua a ser a mais afetada em termos de contágio pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas. Dos 6 383 novos casos, mais de metade (3414) são no norte do País. E das 82 mortes diárias, 43 são dos seis distritos nortenhos.

A região de Lisboa e Vale do Tejo reportou mais 1782 casos e 26 mortes, enquanto a região centro teve mais 964 casos e 6 mortes. Já o Alentejo (87 casos e 4 mortes) e o Algarve (85 casos e 1 morte) mantém-se abaixo dos 100 casos diários.

A região do Barlavento voltou a registar mortes por covid-19, assim como os Açores (duas mortes e 35 novos casos). A Madeira não registou morte alguma nas últimas 24 horas, mas tem hoje mais 16 infetados.

Importa ainda referir que 50 dos 82 óbitos diários são de pessoas com 80 anos ou mais e que houve três mortes abaixo dos 60 anos de idade.

O risco de transmissão em Portugal é de 1,07 - cada pessoa infetada tem a capacidade para contagiar 1,07 outras -, sendo essencial que este valor se aproxime cada vez de 1 e depois baixe desse valor "de forma sustentada, durante vários dias", segundo Marta Temido.

Horas depois das ministra da Saúde, Marta Temido, ter revelado que os planos de distribuição e vacinação da covid-19 seriam conhecidos "nos próximos dias", a Comissão Técnica de Vacinação foi oficializada num despacho publicado em Diário da República esta quinta-feira.

O documento assinado pelos ministros da Defesa Nacional, Administração Interna e Saúde dá poderes à task-force liderada pelo ex-secretário de Estado Francisco Ramos e que inclui elementos da Direção-Geral da Saúde, Infarmed e dos ministérios da Defesa Nacional e da Administração Interna e conta com o apoio técnicos de diversas estruturas.

A comissão tem um mandato de seis meses e tem 30 dias para entregar todos os documentos necessários para definir o plano de vacinação contra a covid-19, tanto do ponto de vista da logística (armazenamento e distribuição das diferentes vacinas), como da estratégia de vacinação (identificação dos grupos alvo prioritários, administração e seguimento clínico de resultados e reações adversas).

Segundo o primeiro-ministro. Portugal está preparado para comprar cerca de 16 milhões de doses de três vacinas, num investimento de cerca de 15 milhões de euros.

Numa altura em que os dados dos três países mais afetados pela pandemia (EUA, do Brasil e Itália), os números não param de subir na Rússia, Polónia e Ucrânia. Nas últimas 24 hora, o país de Putin reportou 25 487 novas infeções e mais 524 mortes, a Polónia tem hoje mais 16 687 doentes covid-19 e 580 mortes (mais do que na Rússia, apesar de ter menos 11 mil infetados). Já a Ucrânia registou 15 331 novos caso e 280 mortes.

A nível mundial registam-se, em média, mais 600 mil novas infeções diários por dia. Há agora 60 851 303 de doentes e 1 429 611 milhões de vítimas mortais. E nem os epidemiologista sabem como isto vai terminar. Se o francês Arnaud Fontanet, conselheiro do governo para as questões da covid-19, estima o regresso à vida normal no outono de 2021, se 80% ou 90% da população for vacinada, o norte-americano Ian Lipkin avisou que o vírus "não vai desaparecer" e que só com vacinação e a partir de 2022 poderá haver "uma redução dramática nas mortes".

Os EUA lideram no número de casos (13 139 882) e mortes (268 262) - Anthony Fauci pediu aos norte-americanos para que "sacrifiquem" o Dia de Ação de Graças para "salvar vidas" -o México continua a ser o país onde morrem mais infetados por dia (856), segundo dados do Worldometers.

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