Uma morte e mais 167 casos em Portugal. Julho foi o mês com mais testes

Dados do boletim da Direção-Geral da Saúde desta quarta-feira. Registou-se uma morte e 247 pessoas recuperam da infeção.

Em Portugal, nas últimas 24 horas, morreu uma pessoa, e registaram-se mais 167 novos casos de infeção por covid-19, um aumento de 0,3 %) segundo o boletim da Direção-Geral da Saúde desta quarta-feira. O óbito foi registado na região de Lisboa. A vítima era um homem, com idade entre os 50 e os 59 anos.

37 565 já recuperaram da doença, mais 247 do que na terça-feira - ontem tinham sido mais 200.

O país contabiliza agora 51 848 casos confirmados de covid-19 e 1740 óbitos em consequência da infeção pelo novo coronavírus. Dos novos casos, 116 (69,5%) foram identificados na região de Lisboa e Vale do Tejo.

Estão internadas 384 pessoas (menos 17), das quais 41 em unidades de cuidados intensivos (menos três).

Quanto aos casos confirmados, a região de Lisboa e Vale do Tejo lidera, com 26.573, seguida pela região Norte com 18.854, mais 38 casos, e a região Centro tem 4.478 infeções confirmadas, mais três novos casos do que os registados na véspera, de acordo com o boletim.

O Algarve totaliza 902 casos, mais um do que na terça-feira, e o Alentejo tem mais sete casos de infeção, num total de 753.

Mais um caso na Madeira e outro nos Açores. Nenhuma morte registada

A Madeira regista mais um caso, totalizando agora 118 infeções confirmadas, e nenhuma morte e nos Açores a DGS contabilizou mais uma infeção, totalizando 170 casos de covid-19, mantendo-se os 15 mortos já anteriormente registados.

O número de pessoas internadas é de 384 nas últimas 24 horas, representando menos 17 pessoas do que na terça-feira e nos cuidados intensivos estão hoje 41 pessoas, menos três em relação ao boletim diário anterior.

Em termos globais, há mais infetados na faixa etária entre 40 e 49 anos (8.589), seguindo-se a faixa entre 30 e 39 anos, que contabiliza hoje 8.471 casos.

A faixa etária entre os 20 e os 29 anos, totaliza em Portugal desde o início da pandemia 7.929 casos, mais 22 infeções.

Na faixa dos 50 aos 59 anos, registam-se 28 novos casos, situando-se nos 7.829. Com mais de 80 anos, tiveram infeções confirmadas 5.885 pessoas, mais sete do que na terça-feira. A covid-19 já afetou em Portugal 1.883 crianças até aos nove anos e 2.391 entre os 10 e os 19.

As autoridades de saúde têm sob vigilância 37.369 pessoas, mais 423 relativamente a terça-feira.

Aguardam resultado laboratorial 1.437 pessoas, menos 14 do que na véspera.

A região Norte continua a registar o maior número de mortes (829), seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (607), o Centro (252), Alentejo (22), Algarve (15) e Açores (15).

Os dados indicam que do total das vítimas mortais, 870 são homens e 870 são mulheres.

Por faixas etárias, o maior número de óbitos concentra-se nas pessoas com mais de 80 anos (1.165), seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (338), entre 60 e 69 anos (155) e entre 50 e 59 anos (56). Há ainda 20 mortos registados entre os 40 e 49 anos, quatro entre os 30 e 39 e dois entre os 20 e 29 anos.

Julho com recorde de testes: foram quase 14 mil por dia

As explicações sobre os números diários de covid-19 são esta quarta-feira da responsabilidade da secretária de Estado Adjunta e da Saúde, Jamila Madeira, que salientou que "o mês de julho foi aquele com maior número de testes", desde o início da pandemia em março.

"Foram 431.178 testes, numa média diária de 13.909 testes, a mais alta taxa de testes já realizada", disse acrescentando que o SNS representa agora "50% do total de testes feitos no país", informou a governantes.

Na conferência de imprensa foi ainda avançado que se está a aguardar a disponibilização da app de rastreio da covid-19 - a "Stayaway Covid" - na Apple - cerca de 9000 pessoas já a estarão a testar. Depois, será disponibilizada à restante população.

Luís Goes Pinheiro, presidente dos serviços partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), presente no briefing diário, explicou como será utilizada a aplicação quando esta estiver disponível para "todos os residentes em Portugal".

"É fundamental que descarreguem a aplicação, que a mantenham ligada e a usem e que caso venha a ser diagnosticada [a infeção] que solicitem ao médico que forneça o código para inserir na app", disse, explicando que os pacientes podem pedir a inserção desse código junto dos médicos de família.

A aplicação é "voluntária" e permitirá informar todos os contactos que a pessoa teve que estiveram em contacto com o doente infetado com o novo coronavírus.

A aplicação começou a ser desenvolvida em março pelo INESC-TEC do Porto e chegou a ser apresentada a 27 de abril, mas foi sendo adiada. Foi ontem promulgada pelo Presidente da República.

Ensino Superior. Máscara obrigatória e aulas ao sábado em 2020/2021

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior já divulgou as regras que irão pautar as aulas no próximo ano letivo. Apesar de aconselhar um ensino misto - privilegiando as tecnologias digitais - o objetivo primeiro é garantir um regime de aulas presenciais, com o uso da máscara a ser obrigatório, assim como o distanciamento físico. As aulas ao sábado entram na semana letiva.

"Deve assumir-se como objetivo que o ensino e a avaliação presencial se mantenham como regra no funcionamento das instituições científicas e de ensino superior no próximo ano letivo", diz o documento enviado às redações, sugerindo que "os horários de funcionamento das instituições devem ser alargados, incluindo o sábado na semana letiva", acrescenta.

Testes virais entre a comunidade estudantil e o uso da aplicação "Stayaway Covid" - ontem promulgada por Marcelo Rebelo de Sousa - fazem também parte da lista das "recomendações operacionais para 2020/21".

PCP não revela lotação da Festa do Avante

A organização da Festa do Avante, que se realiza de 3 a 5 de setembro no Seixal, garante que vai seguir as recomendações da Direção-Geral de Saúde, mas não revela qual será a lotação do espaço, que tem capacidade para cerca de 100 mil pessoas.

"Este é um espaço bastante amplo, temos a certeza que não teremos problemas. O espaço da Festa do Avante é suficiente para albergar o número de bilhetes que colocámos à venda", afirmou Alexandre Araújo, garantindo que a organização está a controlar as vendas de bilhetes e que intervirá caso seja necessário. "Ainda não colocámos nenhuma limitação global à presença na festa", disse, acrescentando que a organização está a trabalhar em conjunto com a Direção-Geral da Saúde (DGS) num plano de contingência covid-19.

Este ano, a organização garante que houve um acréscimo de 10 mil metros quadrados (uma zona que antes estava fechada ao público e que agora vai estar disponível), que faz com que o espaço da festa chegue aos 30 hectares.

Além disso, todos os palcos são agora ao ar livre e o espaço dos anfiteatros foi também alargado, fazendo com que, apesar dos lugares marcados no chão para os espectadores, estes tenham capacidade para mais pessoas, garantem os responsáveis. No entanto, não esclarecem quantas pessoas poderão efetivamente assistir ao espetáculos de Xutos & Pontapés ou de Mão Morta.

"Teremos uma capacidade bastante semelhante ou ate superior aos anos anteriores", garante Madalena Santos. Para além dos três palcos para concertos, também o teatro e o cinema serão ar livre e com lugares marcados.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 701 mil mortos e infetou mais de 18,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

* com agência Lusa

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