Maioria dos portugueses quer ser vacinada. Há grande confiança no SNS e menos no Governo
E são mais os homens do que as mulheres a manifestar a vontade de receber a injeção assim que fique disponível. Quanto à faixa etária, o destaque vai para os mais velhos, acima dos 65 anos, que são os que mais querem receber a imunização.
Ainda assim, mais de 2 em cada 10 cidadãos têm reservas relativamente à vacina e não a querem tomar logo que possam. Entre estes, o maior motivo é o do medo dos efeitos secundários que a vacina possa provocar, seguindo-se a alegação de que não há ainda garantias sobre a eficácia.
Se mais de metade (60%) dos inquiridos expressam uma grande ou muito grande confiança no Serviço Nacional de Saúde para implementar o plano de vacinação, a confiança no Governo desce consideravelmente: apenas 38% manifestam grande confiança no Executivo chefiado por António Costa.
Ou seja, 6 em cada 10 cidadãos estão entre a confiança "assim-assim", pequena ou muito pequena no que ao governo diz respeito para a implementação do plano que agora está a ser posto em marcha.
De acordo com o estudo a expectativa da população é a de que o "regresso à normalidade" demore, pelo menos, um ano a acontecer. Segundo a Aximage, 37% responderam que a normalidade voltará dentro de um ano, 23% acreditam que demore dois ou mais anos.
A sondagem foi realizada pela Aximage para o DN, TSF e JN com o objetivo de avaliar a opinião dos portugueses sobre temas relacionados com a covid-19.
O trabalho de campo decorreu entre os dias 19 e 22 de dezembro de 2020. Foram recolhidas 812 entrevistas entre maiores de dezoito anos residentes em Portugal. Foi feita uma amostragem por quotas, com sexo, idade e região, a partir do universo conhecido, reequilibrada por sexo, grupo etário e escolaridade.
À amostra de 812 entrevistas, corresponde um grau de confiança de 95% com uma margem de erro de 3,40%. A responsabilidade do estudo é da Aximage Comunicação e Imagem Lda., sob a direção técnica de José Almeida Ribeiro.