Fugir do calor? Conheça os locais mais frescos de Portugal continental
Com 11 distritos em aviso vermelho até sábado, devido às temperaturas extremamente altas, que podem atingir os 47 graus Celsius no sábado e até bater o recorde de 2003 registado na Amareleja, no concelho de Moura, (47,3 graus), saiba que há zonas do país onde pode fugir do calor extremo. Cabo Carvoeiro, em Peniche, Santa Cruz, em Torres Vedras e cabo Raso, Cascais, são os locais a escolher se quer ficar longe das temperaturas acima dos 40 graus.
Na quinta-feira, Alvega, concelho de Abrantes, foi até às 17:00 a estação do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) mais quente do país ao registar 45,2 graus, mas quais foram as localidades onde deu para escapar do calor extremo? "Foi mesmo junto à costa", responde ao DN, Bruno Café, meteorologista do IPMA.
"O cabo Carvoeiro [Peniche] com 24 graus Celsius, Santa Cruz [Torres Vedras] com 25 e o cabo Raso [Cascais] com 26", especifica o especialista sobre os registos até às 17:00. "Tiveram a influência da brisa marítima durante praticamente todo o dia. A subida da temperatura foi quebrada com a entrada da brisa marítima", explica Bruno Café referindo-se a uma "situação expectável".
Estas temperaturas nestes locais junto à costa deverão manter-se esta sexta-feira, apesar de ser difícil prever a intensidade da brisa marítima, que "tem muita influência", explica Bruno Café. Valores bem abaixo dos 45 graus de temperatura máxima que são esperados em Castelo Branco e Évora.
As localidades junto à costa são tendencialmente mais frescas, com temperaturas máximas menos extremas do que no resto do país.
A contrariar esta tendência, Zambujeira, no litoral alentejano, esteve entre as estações do IPMA que registaram recordes históricos na quinta-feira. Até às 17:00, esta zona costeira registou 41,1 graus Celsius. Em 2013, o máximo tinha sido de 39,7 graus.
Em Setúbal também se verificou um novo recorde com o valor de temperatura máxima mais elevado a situar-se nos 42,6 graus. Nestes casos, a brisa marítima "foi pouco intensa" e não foi suficiente para impedir o calor extremo, justifica o meteorologista.
Mas a partir de domingo, dia 5, o calor vai abrandar. De acordo com o IPMA, "a temperatura deverá registar uma descida nas regiões do litoral e, nos dias seguintes, no restante território, mas mantendo valores da ordem de 30-35 °C em muitos locais no final da próxima semana".