Costa condena apelos "irresponsáveis" para população desobedecer às autoridades

Primeiro-ministro e Proteção Civil pedem à população que siga as instruções das autoridades nas evacuações preventivas que estão a ser realizadas durante os incêndios.
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O primeiro-ministro qualificou como "absolutamente irresponsável qualquer tipo de apelo" para que as populações não sigam as indicações das autoridades nas evacuações preventivas durante os incêndios, porque "o bem mais precioso que existe é a vida".

António Costa falou nesta quarta-feira pela primeira vez publicamente desde o início do incêndio de Monchique, que lavra desde sexta-feira, e, num balanço sobre a vaga de calor dos últimos dias na Autoridade Nacional de Proteção Civil, em Carnaxide, agradeceu aos portugueses "pelo enorme trabalho" de prevenção que neste ano foi feito.

"Gostaria de insistir muito que é essencial para a perseveração da vida humana, para diminuirmos o risco de acidentes pessoais, que todos sigam as instruções das autoridades. As autoridades quando apelam à evacuação não estão a violar a Constituição, nem a lei, estão a assegurar o bem mais precioso que existe, que é a vida", defendeu. Por isso, sublinhou, "é absolutamente irresponsável qualquer tipo de apelo para que as populações não sigam estas indicações".

Também a Proteção Civil emitiu um apelo às pessoas que se encontram na zona entre Silves e São Bartolomeu de Messines e a sul de São Marcos da Serra para que sigam as indicações das autoridades: "Devido ao fumo intenso que se faz sentir, a Proteção Civil pede às pessoas que mantenham a calma, sigam as indicações das autoridades, fechem janelas e portas e se mantenham em zonas seguras."

Para o primeiro-ministro, o facto de neste ano ter havido menos ocorrências, menos incêndios, apesar de um estado climático mais adverso, deve-se em primeiro lugar aos "grandes esforços" de prevenção. E é importante que se mantenham esses esforços. Os dados, referiu, "são muito claros" e mostram "a capacidade que o país tem hoje de prever as situações de risco" e a resposta dada pelo conjunto de instituições.

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