Hacker detido na Hungria vai demorar até um mês para chegar a Portugal

A Polícia Judiciária revelou que o suspeito de 30 anos não ofereceu resistência na altura da detenção em Budapeste e que será enviado para o nosso país no prazo de três semanas a um mês. Benfica já reagiu

A Polícia Judiciária (PJ) confirmou, em conferência de imprensa, que deteve esta quarta-feira um cidadão português, de 30 anos, que alegadamente será Rui Pinto, pela autoria de crimes informáticos, nomeadamente o roubo dos e-mails do Benfica.

Segundo o porta-voz da PJ, a operação teve um âmbito internacional e contou com "a cooperação de congéneres europeias", nomeadamente as autoridades húngaras, que no ato da detenção contaram com a presença de inspetores portugueses. Nesta altura, o suspeito está detido em Budapeste, capital da Hungria, devendo ser transferido para Portugal num prazo "de três semanas a um mês", algo que é explicado com "a tramitação normal" nestes tipos de casos, que dependem das autoridades húngaras.

O suspeito, de acordo com a PJ, era procurado "há algum tempo" e "não ofereceu resistência" no momento da detenção, tendo sido "apreendido um conjunto vasto" de material que era usado na nos alegados crimes de "extorsão qualificada na forma tentada, acesso ilegítimo, ofensa a pessoa coletiva e violação de segredo". Ainda assim, o porta-voz da Judiciária escusou-se a associar este suspeito ao denominado caso dos e-mails ou a outro caso de violação de correspondência.

Certo é que a Polícia Judiciária irá "continuar a apurar" a extensão da atividade criminosa do suspeito que foi o único detido nesta operação na Hungria, sendo certo que se trata de um alvo que "já tinha sido detetado e que está implicado na filtração de determinado tipo de dados" e que, segundo o porta-voz da PJ configuram crimes que "podem ir até aos 10 anos". A mesma fonte garante "há uma constância na pratica de crimes" por parte do suspeito "que tem vindo a revelar-se perniciosa para algumas instituições e até para outras do próprio Estado".

Entretanto, o Benfica emitiu já um comunicado onde diz que "respeita e seguirá atentamente o desenvolvimento do processo" e garante que "dará topo o seu contributo - na medida em que lhe for solicitado - para que se descubra a verdade".

Os encarnados fazem ainda votos para que este tenha sido "um passo importante para que se chegue à verdade e às motivações que possam ter estado por trás de um crime que tantos danos causou e continua a causar ao Sport Lisboa e Benfica".

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