Há 1263 mortos e 29 660 infetados. Portugal regista um aumento de 228 casos

O boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde indica que, nas últimas 24 horas, foram reportadas mais 16 vítimas mortais devido à pandemia de covid-19.

Portugal registou, nas últimas 24 horas, mais 16 mortos e 228 casos confirmados de covid-19 (um aumento de 0,77% face ao dia anterior). Há, no total, 29 660 infetados com o novo coronavírus e 1263 vítimas mortais, de acordo com o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS), divulgado esta quarta-feira (20 de maio).

Os dados indicam que 6452 pessoas recuperaram da doença, mais 21 em comparação com terça-feira.

Estão hospitalizados 609 doentes, dos quais 93 em unidades de cuidados intensivos (menos 8 casos).

O balanço diário da DGS refere que 2405 pessoas aguardam o resultado do teste laboratorial e há 25 281 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde.

A taxa de letalidade global situa-se nos 4,3% e acima dos 70 anos é de 16,1%, disse o secretário de Estado da Saúde, António Sales, durante a conferência de imprensa diária sobre a situação da pandemia no país.

Do total de pessoas diagnosticadas com covid-19, 71,9% "encontra-se a recuperar no domicílio", disse o governante.

De 1 de março a 18 de maio foram realizados 674 mil testes de diagnóstico. "Desde 11 de maio, a taxa de testes positivos diários está abaixo dos 5%", indicou ainda.

A média do RT (o indicador que mede a transmissibilidade do vírus, o número de pessoas que um infetado contagia ao longo do tempo) estimado para Portugal, no período de 13 a 17 de maio, é de 0,95%, atualizou o secretário de Estado. "O que significa que, a nível nacional, durante este período, um caso infetado originou em média menos de um caso secundário. Estamos perante ma estabilidade deste indicador de transmissibilidade", referiu António Sales.

Os dados do RT agora divulgados dizem respeito à segunda semana da primeira fase de desconfinamento, "o que é um alento e um sinal de confiança no nosso futuro coletivo", fez saber António Sales, que fala, no entanto, "num longo caminho".

O secretário de Estado da Saúde indicou que desde 20 de abril, "o número médio semanal de novos internamentos tem diminuído. Em unidades de cuidados intensivos, a tendência é semelhante", disse. O mesmo se verifica na média de óbitos semanal, acrescentou.

A região Norte continua a ser a que regista mais casos confirmados de covid-19, 16 488 (mais 16 do que na terça-feira) e de vítimas mortais, 713 (mais 6). Já na região Centro verifica-se 3655 casos (mais 11) e 230 mortes (mais 3), em Lisboa e Vale do Tejo os casos confirmados são 8668 (mais 178) e o número de óbitos é agora de 289 (mais 7).

Mantém-se o registo de uma vítima mortal no Alentejo, região que tem 248 casos positivos (mais três face ao dia anterior).

No Algarve, há 356 pessoas diagnosticadas com covid-19 e o registo de 15 óbitos, os mesmos dados reportados na terça-feira.

Os Açores mantêm os 135 casos de covid-19 (15 mortos) e a Madeira também reporta os mesmos 90 diagnosticados com o novo coronavírus.

A nível dos concelhos, Lisboa continua a ser aquele que apresenta mais casos no país. São já 2046 pessoas que testaram positivo. Vila Nova de Gaia surge logo a seguir com 1521 infetados. O Porto é o terceiro concelho mais afetado com 1334 pessoas diagnosticadas com covid-19.

Há ainda mais três concelhos acima dos mil casos confirmados. É o caso de Matosinhos (1245), Braga (1196) e Gondomar (1065).

De acordo com os dados que constam do relatório diário da DGS, do total de infetados, 17.327 são mulheres e 12.333 homens. Já em relação às vítimas mortais, 646 são mulheres e 617 são homens.

Das mortes registadas, 850 tinham mais de 80 anos, 246 tinham entre os 70 e os 79 anos, 113 tinham entre os 60 e 69 anos. 40 entre 50 e 59 e 13 entre os 40 e os 49. A vítima mortal mais nova em Portugal tinha entre 20 e 29 anos.

A faixa etária com mais casos confirmados é a dos 40 aos 49 (5005), seguida da faixa dos 50 aos 59 anos (4999) e das pessoas com mais de 80 anos (4374).

Há ainda 4364 doentes com idades entre 30 e 39 anos, 3707 entre 20 e os 29 anos, 3295 entre os 60 e os 69 anos e 2436 com idades entre os 70 e os 79 anos.

A DGS regista também 537 casos de crianças até aos nove anos e 943 de jovens com idades entre os 10 e os 19 anos.

A autoridade de Saúde indica ainda no boletim que 41% dos doentes positivos ao novo coronavírus apresentam como sintomas tosse, 29% febre, 21% dores musculares, 19% cefaleia, 15% fraqueza generalizada e 12% dificuldade respiratória. Esta informação refere-se a 90% dos casos confirmados.

Mais de 3200 profissionais de saúde infetados

Entre as pessoas infetadas com o novo coronavírus, mais de 3200 são profissionais de saúde, um terço dos quais enfermeiros, e muitos dos contágios aconteceram em contexto social ou domiciliário, anunciou a ministra da Saúde.

Marta Temido, ouvida esta quarta-feira na Comissão Parlamentar de Saúde, disse que os dados do Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SINAVE) indicam que foram infetados 3.259 profissionais de saúde, 480 dos quais médicos e 1069 enfermeiros.

Os dados registados até terça-feira indicam também que foram ainda infetados na área da saúde 896 assistentes profissionais, 159 assistentes técnicos e 105 técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica.

A ministra disse ainda que os dados de que dispõe mostram que muitos destes contágios "não aconteceram em contexto laboral, mas em contexto social ou domiciliário".

Também presente na Comissão Parlamentar de Saúde, o secretário de Estado da Saúde, António Sales, precisou que os dados indicam um total de 1.071 recuperados no grupo dos profissionais de saúde.

Em relação ao surto verificado no Hospital de Santa Maria, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, disse, na conferência de imprensa diária, que "nove profissionais de saúde testaram positivo, 35 testaram negativo e há mais nove à espera dos resultados laboratoriais".

O que fazer quando andar de transportes públicos?

Também esta quarta-feira, a DGS publicou um conjunto de orientações para os transportes públicos coletivos e individuais.

Além do uso obrigatório da máscara, o documento da autoridade da Saúde indica, por exemplo, que deve-se evitar tocar em dinheiro e pede-se que seja disponibilizado desinfetante para trabalhadores e passageiros.

O recurso a portas automáticas, sempre que possível, e parar em todas as "estações/paragens" para evitar que os utilizadores "tenham de carregar no botão de abertura de portas (botão stop), e privilegiar a entrada e a saída" dos passageiros "pela porta traseira do veículo" são outras recomendações do documento da DGS. Um conjunto de regras que abrange as empresas, os trabalhadores e utentes de todos os transportes públicos, como autocarros, metros, táxis, comboios, barcos, entre outros.

Recomenda-se, também, a quem ande de táxi que mantenha as mãos em cima dos joelhos durante o percurso, e que seja evitado "o manuseamento e toque nas superfícies do interior do veículo".

Todas as recomendações da DGS sobre os transportes públicos podem ser consultadas aqui.

Pandemia já fez mais de 323 mil mortos em todo o mundo

A nível internacional, e de acordo com os dados mais recentes, o Brasil contabilizou, pela primeira vez, mais de mil mortos em 24 horas, num total de 1.179 óbitos e 17.408 infetados, o maior número diário registado desde o início da pandemia no Brasil, informou o executivo.

No total, o país sul-americano totaliza 17.971 óbitos e 271.628 pessoas diagnosticadas com covid-19, tornando-se no segundo país do mundo com o maior número de novos casos, apenas atrás dos Estados Unidos, segundo o portal Worldometer, que compila quase em tempo real informações da Organização Mundial da Saúde, dos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças, de fontes oficiais dos países, de publicações científicas e de órgãos de informação.

O Ministério da Saúde brasileiro indicou que está ainda a ser investigada a eventual relação de 3.319 óbitos com a doença provocada pelo novo coronavírus.

Em todo o mundo, a pandemia já matou pelo menos 323 370 pessoas e infetou mais de 4,9 milhões, segundo um balanço da agência AFP, às 11:00 desta quarta-feira, baseado em dados oficiais.

Há mais de 4.910.110 infetados em 196 países e territórios desde o início da epidemia, em dezembro de 2019 na cidade chinesa de Wuhan.

Os EUA são o país mais afetado em termos de número de mortes e casos, com 91.938 óbitos em 1.528.661 casos. Segue-se o Reino Unido com 35.341 mortes e 248.818 casos, Itália com 32.169 óbitos (226.699 casos), França com 28.022 vítimas mortais (180.809 casos) e Espanha com 27.778 mortes (232.037 casos).

A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau), onde a epidemia começou em dezembro, contabilizou 82.965 casos (cinco novos entre terça-feira e hoje), incluindo 4.634 mortes e 78.244 curados.

A Europa totalizou 168.725 mortes para 193.8946 casos e os Estados Unidos e Canadá 97.949 mortes (1.607.773 casos).

A América Latina e as Caraíbas registaram 32.386 mortes (578.921 casos). O Brasil regista mais de metade das mortes (17.971) e quase metade dos casos declarados oficialmente na região (271.628).

A Ásia totalizou 12.879 mortes (384.874 casos), o Médio Oriente 8.384 mortes (299.734 casos), África 2.919 mortes (91.443 casos) e Oceânia 128 mortes (8.426 casos)

Entre os casos confirmados, mais de 1,8 milhões foram considerados curados.

Mais Notícias

Outros Conteúdos GMG