A Direção-Geral da Saúde informou este domingo que quatro tripulantes de nacionalidade portuguesa no Diamond Princess, o navio em quarentena no porto japonês, apresentaram testes negativos ao coronavírus. Apenas um português, Adriano Maranhão, deu positivo..Dois dos cinco cidadãos com nacionalidade portuguesa são de origem macaense..O canalizador da Nazaré, o primeiro português infetado com o covid-19, está em isolamento. Este domingo de manhã, quando falou com o DN, disse não ter sintomas, mas que já sente algum cansaço. Está confinado à cabine do cruzeiro onde trabalha desde a madrugada de sexta-feira para sábado (hora de Lisboa) e não voltou a ser visto pelos médicos desde quinta-feira quando fez o primeiro e único teste - telefonaram-lhe a perguntar como se sentia e se tinha febre. A sua temperatura era de 36,8 graus e por isso não foi ainda medicado..O comunicado da DGS reforça isso mesmo: "O cidadão permanece assintomático e em isolamento para prevenção do contágio a outras pessoas. As pessoas com testes positivos a bordo deste navio têm sido transferidas para um hospital de referência no Japão, de acordo com prioridade do seu estado clínico e cumprindo o protocolo estabelecido neste país.".A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, já disse que o facto de Adriano Maranhão se encontrar assintomático é um bom sinal. "Temos de estar tranquilos e pensar que este nosso concidadão, para bem dele, e ainda bem, até à data não apresenta sintomas, vamos aguardar para ver a evolução, mas estar assintomático é, por enquanto, positivo.".Adriano Maranhão foi entretanto contactado pela embaixada portuguesa no Japão, que numa primeira fase, lhe disse que deveria sair entre domingo e segunda-feira para ser internado num hospital de referência. Num segundo contacto, a data foi estendida para terça-feira..A DGS garante que continua a acompanhar a situação em articulação com o Ministério dos Negócios Estrangeiros e com as autoridades de saúde pública japonesas..O Diamond Princess é o maior foco de coronavírus fora da China, sendo que cerca de 80% dos passageiros têm mais de 60 anos - até agora morreram duas pessoas a bordo do navio, uma mulher e um homem octogenários já com problemas de saúde. Das cerca de 3 700 pessoas que acolhia, 600 terão sido infetadas.