"Reuni esta tarde com a Sra. Secretária de Estado da Defesa, doutora Ana Santos Pinto, e o alinhamento entre Cascais e o Governo é total quanto ao futuro do Forte de Santo António", escreveu no Facebook esta quarta-feira o presidente da autarquia, Carlos Carreiras..E continua: "Em simultâneo, estamos numa via rápida a desenvolver possibilidades de parceria relativamente a outros imóveis do Estado no concelho de Cascais. A concretizarem-se estas iniciativas - e a disponibilidade de Cascais é total - daremos um contributo extraordinário para a preservação do património nacional"..Ao DN, Carlos Carreiras explicou que Ana Santos Pinto informou-o da vontade do Governo de ser a Câmara Municipal de Cascais a gerir o património local pertencente ao Ministério da Defesa. Estão em causa cinco a seis imóveis, sendo que o mais importante é o Forte de Santo António, seguindo-se a estação rádio naval na Fortaleza da Nossa Senhora Luz (Cidadela).."Quando saiu a Lei das Infraestruturas Militares [junho de 2019], a própria redação criava dúvidas sobre o acordo entre a autarquia e o Estado na gestão de património do concelho, se o acordo era para manter ou se havia uma reversão. Escrevi à secretária de Estado Ana Santos Pinto, que disse que se mantinha o acordo e, hoje, tudo se confirmou. Seguem-se, agora, questões processuais que passam por uma avaliação dos imóveis, considerando o valor de investimento em causa e o que é que pretendemos fazer, para se definir o período de tempo em que ficaremos com a gestão de cada imóvel", disse ao DN Carlos Carreira..Cabe ao Governo propor um plano de gestão para cada um dos edifícios, esperando o autarca que este seja um processo rápido. Além dos imóveis pertencentes ao Ministério da Defesa, a autarquia disponibilizou-se para ficar com a gestão de todos os edifícios históricos do concelho..O Forte de Santo António, edificado no século XVI, é o mais importante de todo o conjunto. Nos últimos dois anos, é da responsabilidade da Câmara de Cascais, que fez uma proposta ao Governo para um investimento de 6 a 7 milhões de euros e continuar com a sua gestão durante mais 50 anos.."A nossa proposta é fazer um centro de promoção daquele que pensamos ser o património mais desvalorizado: o mar e a língua portuguesa", diz o autarca eleito pelo PSD.