Gregos, troianos e “ambientalistas de ocasião”
Conta-nos a História que após anos de conflito entre os gregos e os troianos, a rivalidade entre eles era tão intensa que agradar simultaneamente a ambos era totalmente impossível. Dessa relação conflituosa nasceu a expressão que reflete essa inimizade, simbolizando situações em que é inevitável desagradar alguém ao tentar satisfazer partes com interesses ou opiniões opostas. Atualmente, essa frase é usada para ilustrar a dificuldade de agradar a todos numa decisão ou ação. No entanto, apesar desta máxima remontar a momentos históricos com vários séculos, é necessário fazer uma pequena adaptação, pois há um conjunto de pessoas a quem será impossível agradar, mesmo quando trabalhamos em prol das supostas causas que defendem.
Na passada semana, aquando da apresentação de um megaprojeto verde para o concelho de Cascais, que permitirá, até 2030, a plantação de mais de 160 mil árvores por todo o concelho, fomos surpreendidos por uma pequena manifestação (menos de uma dúzia de participantes), imagine-se, de ecologistas.
Em causa não estava nenhum problema técnico ou ambiental detetado, mas sim o facto de acharem que a autarquia, ao estar a fazer um bom trabalho na área da sustentabilidade, este era demasiado positivo para as intenções políticas dos contestatários.
Nesse dia, mais uma vez, ficou provado que muitos daqueles grupos de SOS criados no concelho de Cascais, não são mais que “braços armados” ao serviço de interesses políticos que teimam em não esclarecer ou especificar. O Ambiente, que serve de pretexto para tantas ações de protesto, ficou de lado. Foi mais fácil recorrer ao insulto, às acusações infundadas e à tentativa de intimidação do executivo da Câmara Municipal de Cascais, do que usarem argumentos válidos para justificarem aquele protesto.
Mais uma vez, o responsável pela organização deste evento contestatário, não apareceu. Não deu a cara. Preferiu continuar escondido no seu canto a preparar novas ações, sejam elas na rua, na televisão ou nos tribunais, onde tem perdido todos os processos movidos contra a autarquia.
De facto, é estranho que um “justiceiro do clima” nunca nos tenha confrontado pessoalmente. Que, durante anos de “combate”, nunca tenha pedido uma única reunião de esclarecimento à Câmara Municipal de Cascais. Prefere as redes sociais para criar narrativas que apenas têm o intuito de atacar e de denegrir quem o povo escolheu para liderar o concelho. Triste que este “ambientalista de ocasião” continue a enganar pessoas que têm no combate climático uma verdadeira causa-paixão e que, ingenuamente, se deixem levar por quem apenas mente para tentar ganhar dividendos políticos que nunca esclareceu.
Da nossa parte, iremos continuar, sem medo de protestos, a fazer de Cascais um concelho mais verde, mais sustentável e mais amigo do Ambiente, ou não fosse Cascais um concelho para toda a vida.
Vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais