Caso das malas. Líder do Chega/Açores pede desculpas aos açorianos
O líder do Chega/Açores, José Pacheco, pediu esta terça-feira "desculpas aos açorianos" pelo que ficou conhecido como caso das malas e que envolveu o deputado Miguel Arruda, eleito pelo partido pelo círculo eleitoral da região e constituído arguido por suspeita do furto de malas no aeroporto de Lisboa. José Pacheco, em conferência de imprensa, também assumiu que tentou contrariar a escolha de Miguel Arruda de passar a deputado independente.
"Não foi a minha posição, não foi o que recomendei, achava que uma suspensão [do mandato] seria mais legítima para o partido mas só me cabe respeitar, infelizmente, e pedir desculpas aos açorianos que tal tenha acontecido. Mas o trabalho vai continuar", afirmou na sede do partido, em Ponta Delgada.
Em causa estão suspeitas de crimes de furto qualificado e contra a propriedade. Miguel Arruda terá furtado malas dos tapetes de bagagens das chegadas do aeroporto de Lisboa quando viajava vindo dos Açores no início das semanas de trabalhos parlamentares.
O dirigente do Chega/Açores considerou que, apesar de se ter perdido o deputado eleito pelos Açores, este caso não irá influenciar as relações internas. "Obviamente que sempre tivemos um canal aberto com Lisboa e com a Assembleia da República, e assim sempre será. Há sempre a possibilidade de o deputado Miguel Arruda renunciar ao mandato", disse, garantindo que o partido está "já preparado para indicar outra pessoa".
No passado dia 24 de janeiro, Miguel Arruda anunciou que ia meter "baixa psicológica" e regressar aos Açores. Dias mais tarde, à RTP Açores, confirmou que já tinha baixa médica e que enviara a documentação para os serviços da Assembleia da República, acrescentando que o pedido de renúncia ao cargo de deputado (como pediu o líder de Chega, André Ventura) teria "de ser muito bem pensada".
com Lusa