Os investigadores franceses encontraram um passaporte sírio e outro egípcio junto dos corpos dos presumíveis terroristas do Stade de France, um dos locais dos atentados que abalaram Paris na sexta-feira à noite e fizeram pelo menos 128 mortos e cerca de 80 feridos graves. O passaporte sírio pertence a um homem que entrou e passou pela Grécia como refugiado, disse à Reuters um ministro grego.."O dono do passaporte passou pela ilha grega de Leros e 3 de outubro, 2015, onde foi identificado de acordo com as regras europeias", disse Nikos Toscas. Ao que tudo indica, as autoridades francesas pediram informação sobre o passaporte a nível europeu..Embora esta informação pareça indicar que o atacante entrou na Europa apenas em outubro, com refugiados sírios, não há confirmação de que o dono do passaporte seja realmente o terrorista..Outro dos atacantes era conhecido da polícia e dos serviços de informações. O corpo foi identificado pelos investigadores como um dos presumíveis terroristas da sala de espetáculos Bataclan, graças às impressões digitais, segundo fontes da investigação citadas pela agência France Presse, a rádio Europe 1 e o jornal Libération. Segundo a Europe 1, trata-se de um homem de 30 anos natural de Courcouronnes, a cerca de 35 quilómetros de Paris, conhecido da polícia e dos serviços de informações por ligações ao 'jihadismo'..Pensa-se também que três dos oito terroristas fossem moradores de um bairro de Bruxelas, Molenbeek, que foi este sábado alvo de buscas pela polícia belga. Aliás, o ministro da Justiça belga já anunciou detenções relacionadas com os atentados..[artigo:4884423].Os atentados foram reivindicados pelo grupo Estado Islâmico, que identificou a França como sendo um dos seus principais alvos. Segundo o comunicado do EI, "um grupo de soldados do califado" tomou como alvo "a capital das abominações e das perversões". Oito "irmãos" com explosivos e armas automáticas tomaram de assalto locais "escolhidos cuidadosamente", diz a mensagem. O jornal Le Figaro nota, no entanto, que as informações dadas não estão corretas, uma vez que não houve qualquer ataque no 18.º bairro de Paris..O presidente francês, por seu lado, pediu aos franceses "união e sangue-frio", ao mesmo tempo que decretou o luto nacional por três dias. "O que aconteceu ontem é um ato de guerra (...) que foi cometido pelo EI, organizado a partir do exterior e com cúmplices interiores que o inquérito deverá estabelecer", declarou, no Eliseu, François Hollande.[artigo:4885136].O presidente prometeu que a França será implacável. "Vai agir com todos os meios, no âmbito da lei, e em todos os terrenos, internos como externos, com os nossos aliados, eles próprios visados por esta ameaça terrorista. "