Twitter vai transferir conta presidencial @POTUS para Biden
A rede social Twitter está "a preparar-se ativamente para apoiar a transição das contas institucionais da Casa Branca no Twitter a 20 de janeiro de 2021", disse o porta-voz do Twitter, Nick Pacilio.
A informação foi transmitida num e-mail ao Politico. O processo está a ser feito em consulta com os Arquivos Nacionais, como ocorreu em 2017, disse Pacilio.
A transferência de propriedade fará com que todos os tuites existentes em @POTUS, assim como @FLOTUS (conta da primeira-dama), @VP (conta do vice-presidente) e outras contas oficiais sejam arquivados.
As contas serão então repostas a zero tuites e transferidas para a nova administração que vai entrar na Casa Branca nesse dia.
Trump, que ainda não admitiu a sua derrota de 3 de Novembro, usou o Twitter para ajudar a construir a sua marca política, espalhar teorias da conspiração como a de que Barack Obama não é norte-americano e, mais tarde, exercer o poder da presidência - embora use principalmente a sua conta pessoal, @realDonaldTrump, cujos 88 milhões de seguidores superam e de que maneira os 32 milhões de @POTUS.
A conta de @POTUS é largamente utilizada para retuitar a conta pessoal de Trump, bem como a da Casa Branca e outras contas.
O hábito de Trump em anunciar abruptamente novas políticas na rede social levou a recorrentes críticas de que governa por tuite. A mais recente saída da administração, a exoneração do secretário da Defesa Mark Esper, deu-se numa mensagem pelo Twitter.
Há muito que o Twitter está sob pressão para refrear a utilização da plataforma pelo presidente por este difundir desinformação e teorias da conspiração.
Desde as eleições que a empresa tem colocado etiquetas de advertência em muitos tuites de Trump, pois este insiste, apesar das provas em contrário, que venceu a votação, e que a vitória de Biden se deve a uma fraude maciça.
Biden, por seu lado, é um utilizador do Twitter bastante mais comedido. Enviou menos de 7000 tuites aos seus 19 milhões de seguidores, em comparação com os 58 000 de Trump.