Presidente do governo catalão promete liberdade a independentistas presos
A notícia é avançada pelo diário El Mundo, que cita fontes sindicais.
Os sete líderes independentistas que foram condenados na última segunda-feira pela justiça espanhola a penas de prisão entre os nove e os 13 anos, pelo seu papel mo processo de referendo de 2017, e que estão detidos na penitenciária de Lledoners, em Barcelona, receberam no sábado a visita de Ester Capella, a conselheira de justiça de Quim Torra, que lhes terá afiançado que o governo regional catalão encetará as diligências necessárias para saiam em liberdade depois de 10 de novembro, dia em que decorrem novas eleições legislativas em Espanha.
A data de 10 de novembro para as eleições foi marcada pelo rei Felipe VI na sequência do impasse criado pelos resultados eleitorais, que não deram maioria a nenhum dos partidos, tendo o monarca optado por manter Pedro Sánchez em funções como primeiro-ministro.
O El Mundo adianta que a visita da conselheira para a justiça de Quim Torra à penitenciária de Lledoners decorreu no sábado, e detalha que ela esteve reunida com os sete líderes presos durante duas horas.
Já no domingo foi a vez da diretora da penitenciária ter idêntica reunião com os mesmos sete líderes.
Segundo o El Mundo, nas duas ocasiões ter-lhes-á sido dito que "se mantenham tranquilos, porque a partir das eleições se iniciarão os trâmites para que sejam postos em liberdade".
Barcelona tem estado na última semana mergulhada na desordem, com manifestações sucessivas e confrontos diários entre manifestante e polícia, de que já resultaram dezenas de feridos e pelo menos 24 detidos que permanecem em prisão preventiva.
Os protestos seguiram-se às sentenças que Supremo Tribunal espanhol aplicou na última segunda-feira aos líderes catalães que lideraram o processo independentista em 2017, e não para já sinais de abrandar.
Esta segunda-feira, Pedro Sánchez foi a Barcelona visitar os polícias feridos durante a onda de violência e recusou encontrar-se com Quim Torra, a quem exige - até agora em vão - a condenação pública dos protestos violentos.