Médico de Trump confirma que ele recebeu oxigénio ainda na Casa Branca

Presidente norte-americano tem covid-19 e na sexta-feira foi transferido para o centro médico Walter Reed, onde além do remdesivir está agora a ser tratado com corticoides. Médicos dizem que se continuar a melhorar, poderá ter alta já amanhã.
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O médico do presidente norte-americano confirmou que Donald Trump recebeu oxigénio suplementar na sexta-feira, ainda na Casa Branca, depois de o nível de saturação de oxigénio ter caído para os 94%. Segundo Sean Conley, "o presidente continua a melhorar" mas, "como em qualquer doença, há altos e baixos particularmente quando um doente é vigiado 24 horas por dia".

Conley explicou que na quinta-feira à noite o presidente de 74 anos, que foi diagnosticado então com covid-19, estava bem com sintomas leves, e o nível de oxigénio acima de 95%. "Na sexta-feira, o presidente tinha uma febre alta e a saturação estava a cair para os 94%", indicou, admitindo que dado os desenvolvimentos temeu uma progressão rápida da doença.

"Sugeri que devesse receber oxigénio suplementar, estava cansado e tinha febre, e depois de apenas uns minutos, apenas dois litros de oxigénio, a saturação tinha subido acima dos 95%. Ficou com oxigénio com uma hora", acrescentou, explicando que mais tarde o presidente já estava de pé e a andar, mas todos concordaram que era melhor ser internado no Walter Reed.

De acordo com o médico, o presidente já enfrentou outra queda da saturação de oxigénio, no sábado, mas não soube informar se recebeu novamente oxigénio.

No sábado à tarde, noutra declaração aos jornalistas, o médico tinha recusado responder à pergunta sobre se Trump tinha ou não recebido oxigénio, limitando-se a dizer que o presidente não estava naquele momento a receber oxigénio suplementar.

Outro dos médicos, Sean Dooley, disse que Trump continua a melhorar e que os sinais vitais estão estáveis. O presidente não se queixa de falta de ar e está a andar sem limitações. De acordo com a equipa, as suas condições cardíacas, de fígado e pulmonares não são uma causa para preocupação.

Dooley explicou que Trump continua a ser tratado com o antiviral Remdesivir, sem apresentar efeitos secundários, mas também começou a tomar Dexametasona. A Agência Europeia do Medicamento considera este corticoide é "uma opção de tratamento para os doentes que necessitam de suporte ventilatório (desde a administração suplementar de oxigénio até à ventilação mecânica)".

O mesmo médico disse contudo que se Trump continuar a melhorar poderá até ter alta já amanhã e continuar a recuperação na Casa Branca.

Num vídeo divulgado no sábado à noite, Trump admitiu que não se sentia "muito bem" quando foi admitido no Hospital Militar Walter Reed, na sexta-feira, mas que já estava a melhorar.

"Sinto-me muito melhor agora, estamos a trabalhar arduamente para que eu recupere totalmente. Penso que voltarei em breve e mal posso esperar para terminar a campanha da forma como a comecei", afirmou.

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