Justiça suíça abre processo criminal após manifestação contra Erdogan

O processo por apelo público ao crime ou à violência foi aberto pelas autoridades judiciais do cantão de Berna

A justiça suíça abriu um processo criminal após uma manifestação no sábado em Berna contra o Presidente turco, durante a qual foi exibida uma faixa mostrando Recep Tayyip Erdogan com uma arma apontada à cabeça.

O processo por apelo público ao crime ou à violência foi aberto pelas autoridades judiciais do cantão de Berna, segundo a agência noticiosa suíça ATS.

A faixa, com a inscrição "Matem Erdogan com as suas armas", foi exibida por um grupo de autonomistas de esquerda, indicou a agência.

O diretor da segurança da cidade de Berna, Beto Nause, tinha indicado no domingo à ATS que iria ser apresentada uma queixa por não terem sido respeitadas as condições estabelecidas na autorização do protesto.

Após a manifestação, Ancara exigiu um inquérito para que os responsáveis fossem "levados à justiça".

Durante um discurso no domingo em Istambul, Erdogan criticou duramente as autoridades suíças.

"Colhem o que semeiam", disse o chefe de Estado turco, perante uma multidão que vaiou as autoridades suíças.

O Governo turco critica a Suíça por ter autorizado uma manifestação em que foram mostrados "símbolos do PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão)", considerado um movimento terrorista pela Turquia, União Europeia e Estados Unidos, mas não pela Suíça.

A manifestação, para apelar à liberdade, respeito pelo Estado de direito e mais democracia na Turquia, foi convocada por associações curdas, assim como pelos partidos socialista e dos verdes suíços.

"É insustentável e politicamente desajeitado", declarou no domingo, a propósito da faixa Urs Sekinger, da organização Solifonds, uma das organizadoras da manifestação.

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