John Bolton advertiu nesta sexta-feira Nicolás Maduro de que pode acabar por ser enviado para Guantánamo, a prisão militar de alta segurança para suspeitos de terrorismo que os EUA mantêm naquela província cubana, caso não abandone em breve o poder na Venezuela..O assessor para a segurança nacional na administração Trump repetiu o aviso que tinha feito na véspera, no Twitter, para que Maduro aceite a amnistia proposta por Juan Guaidó, o opositor que se autoproclamou presidente interino da Venezuela e foi reconhecido pelos EUA e outros países.."Ontem tuitei que lhe desejo uma aposentadoria longa e tranquila numa bonita praia longe da Venezuela. E quanto mais rápido aproveitar essa oportunidade de amnistia, mais provável é que possa ter uma aposentadoria agradável ao invés de ir parar a outra região de praia diferente, como Guantánamo", afirmou Bolton, em entrevista num programa de rádio..Os Estados Unidos aumentam assim a pressão sobre o regime chavista venezuelano, depois de no passado dia 23 de janeiro terem reconhecido Guaidó, presidente da Assembleia Nacional, como novo presidente interino..Sobre uma possível intervenção militar na Venezuela que ajude a acelerar uma transição de poder, John Bolton disse que não havia nenhuma intervenção iminente, mas não descartou a possibilidade - tal como, de resto, Donald Trump já o dissera. "O presidente disse que todas as opções estão sobre a mesa", afirmou o assessor..John Bolton protagonizou um "deslize" polémico na última segunda-feira, quando compareceu perante os media com um papel onde se conseguia ler a frase "5 mil tropas para a Colômbia", no que foi entendido como uma manobra de pressão sobre os militares venezuelanos, para que estes deixem de apoiar Nicolás Maduro. Bolton não quis explicar o "descuido".