Cerca de 9.000 brasileiros participarão dos testes, a partir de julho, representando a terceira e última etapa antes da distribuição. Se a vacina se revelar eficaz, será produzida no Brasil..O governador de São Paulo, João Doria, afirmou, em conferência de imprensa, que a vacina poderá estar disponível no primeiro semestre de 2021.."Hoje é um dia histórico para São Paulo, para o Brasil e para a ciência mundial. A vacina que o Instituto Butantan produzirá é uma das mais avançadas", apontou Doria..O governador disse esperar que a vacina imunize milhões de brasileiros..A vacina experimental já passou por duas etapas de testes na China, onde foi administrada a macacos e, depois, a 744 voluntários chineses, disseram autoridades..Dimas Covas, diretor do Butantan, disse que a vacina consta entre as 10 mais avançadas, entre mais de 100 que estão a ser desenvolvidos em todo o mundo. Covas disse que a vacina demonstrou ser muito eficaz contra o vírus em etapas anteriores do teste.."Já temos capacidade de produção. Precisamos da fase de estudos clínicos, para saber se a vacina é segura e eficaz. Se for, podemos começar a produzir muito rapidamente", apontou Covas..O governo de São Paulo investirá o equivalente a 15 milhões de euros na realização dos testes..O Brasil começará também este mês a testar uma vacina produzida pela Universidade de Oxford, também considerada uma das mais promissoras e em estágio avançado de desenvolvimento. Cerca de 2.000 brasileiros serão selecionados para participar no projeto, que será coordenado pela Universidade Federal de São Paulo..O Brasil registou mais de 40.900 mortes por covid-19, embora muitos especialistas acreditem que o número seja superior à contagem oficial..A pandemia de covid-19 já provocou mais de 418 mil mortos e infetou mais de 7,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo o balanço feito pela agência francesa AFP..A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China..Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.