França alarga recolher obrigatório a 46 milhões de pessoas

O primeiro-ministro francês, Jean Castex , anunciou que as medidas de recolher obrigatório para combater o rápida disseminação de casos de Covid-19 vão ser estendidas a mais 38 regiões, entre elas o território ultramarino da Polinésia.
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"A segunda vaga está aqui", "a situação é grave", justificou Castex, em conferência de imprensa, ao anunciar que o recolher obrigatório afetará 46 milhões de pessoas - dois terços da população francesa - e incluirá alguns territórios ultramarinos.

O toque de recolher será válido "das 21h00 às 6h00 em todo o território dos departamentos em causa e por um período de seis semanas", afirmou o chefe de governo. "Essas regras entrarão em vigor a partir das 00.00 de sábado" , acrescentou. Ao todo, 54 departamentos e um território ultramarino ficam abrangidos pelo recolher obrigatório", disse.

São permitidas determinadas atividades, como viagens de trabalho ou procura de cuidados médicos, e quem não cumprir as regras está sujeito a uma multa de 135 euros.

Segundo o primeiro-ministro, a taxa de incidência, ou seja, o número de casos confirmados de Covid-19 por 100.000 habitantes, aumentou 40% em uma semana, chegando a 251 no território nacional. A taxa de reprodução do vírus gira em torno de 1,35, o que, em termos concretos, significa uma duplicação de casos a cada duas semanas.

Castex disse que novembro será um mês difícil em relação à Covid-19, acrescentando que a situação será reavaliada na próxima semana e medidas mais rígidas podem ser impostas, se necessário.

Com a segunda vaga a alastrar de forma preocupante em França, há seis o país declarou estado de emergência e impôs recolher obrigatório em Paris e em outras oito grandes cidades , afetando cerca de 20 milhões de cidadãos franceses.

Em conferência de imprensa, o ministro da saúde, Olivier Veran, disse que espera ver na próxima semana os primeiros sinais positivos do toque de recolher estabelecido há quase uma semana nessas nove cidades. As medidas restritivas geralmente levam entre duas a três semanas para produzir alguns efeitos, segundo especialistas em saúde.

A França relatou uma média de mais de 20.000 novos casos nos últimos seis dias e o número total de infeções é superior a 957.000. Mais de 34.000 pessoas morreram.

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