Americanos Paul Milgrom e Robert Wilson ganham Prémio Nobel da Economia
Dupla premiada - Paul Milgrom e Robert Wilson - pelo trabalho desenvolvido em leilões comerciais.
O Prémio Nobel da Economia foi atribuído nesta segunda-feira aos economistas norte-americanos Paul Milgrom, 72 anos, e Robert Wilson, 83 anos, especialistas em leilões cujo trabalho inovador foi utilizado em particular para a atribuição de frequências de telecomunicações.
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O Prémio do Banco da Suécia de Economia em Memória de Alfred Nobel é-lhes atribuído por "melhorar a teoria dos leilões e inventar novos formatos de leilão", disse o júri da Academia Sueca de Ciências.
De acordo com a organização, "os novos formatos de leilão são um belo exemplo de como a investigação básica pode posteriormente gerar invenções que beneficiam a sociedade".
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"A característica incomum deste exemplo é que as mesmas pessoas desenvolveram a teoria e as aplicações práticas. A investigação inovadora dos laureados sobre leilões foi, portanto, de grande benefício para compradores, vendedores e para a sociedade como um todo", pode ler-se.
Os dois economistas, ambos professores de Stanford, também trabalharam em mecanismos de atribuição de faixas horárias de aterragem nos aeroportos.
Os vencedores vão dividir o prémio de dez milhões de coroas suecas (cerca de 950 mil euros).
A economia encerra uma temporada Nobel marcada na sexta-feira pelo prémio da Paz atribuído ao Programa Mundial Alimentar, a agência das Nações Unidas que combate a fome.
Na quinta-feira, a poetisa norte-americana Louise Glück foi galardoada com o prémio de Literatura.
Além da americana Andrea Ghez, covencedora em Física na terça-feira, duas mulheres entraram na história do Nobel pela sua descoberta da "tesoura genética": a francesa Emmanuelle Charpentier e a norte-americana Jennifer Doudna tornaram-se a primeira dupla só de mulheres a ganhar um Nobel científico.
Os laureados, que partilham quase um milhão de euros por cada disciplina, receberão o seu prémio neste ano no seu país de residência, por causa da pandemia de covid-19, no dia 10 de dezembro.