Líder dos socialistas madeirenses irritou Albuquerque durante o debate.
Líder dos socialistas madeirenses irritou Albuquerque durante o debate.Foto: Homem de Gouveia / Lusa

Madeira: Albuquerque e Cafôfo trocam acusações de "falta de vergonha" e "falta de ética"

Debate da moção de censura apresentada pelo Chega gerou momentos de alta tensão entre o presidente do Governo Regional da Madeira e o líder do PS, que até lhe deu um "conselho de amigo".
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O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, e o líder do PS-Madeira, Paulo Cafôfo, trocaram acusações de "falta de vergonha" e "falta de ética" durante o debate da moção de censura, apresentada pelo Chega, que está a decorrer nesta manhã de terça-feira.

Na sua primeira intervenção, o deputado socialista irritou Albuquerque ao dizer-lhe que "não tem ética para continuar a ser presidente do Governo Regional da Madeira", cargo para o qual "não basta ganhar eleições", pois "é preciso ter dignidade".

Perante isto, o governante social-democrata disse que o antigo secretário de Estado das Comunidades Portuguesas "devia ter vergonha na cara", acusando-o de "ter muito jeito para a acrobacia".

"Não venha falar de ética porque ainda há muita coisa para apurar nos seus mandatos", referindo-se ao tempo em que Cafôfo foi presidente da Câmara do Funchal. Este acusou o toque da alusão ao caso da queda de uma árvore que causou 13 mortes, num "caso completamente diferente" da constituição de Albuquerque como arguido por suspeitas de corrupção.

Insistindo que o presidente do Governo Regional da Madeira tem "falta de sentido de Estado" e "coloca os interesses pessoais à frente", o líder regional socialista acusou Albuquerque de "ter fugido para o Porto Santo" durante os incêndios florestais que assolaram a Madeira neste Verão.

Mais incisivo, Cafôfo disse que Albuquerque "está sentado nessa cadeira para não estar sentado na cadeira de um tribunal", acusando-o de se "refugiar na imunidade" de que goza enquanto for conselheiro de Estado, justamente por ser o presidente do Governo Regional da Madeira.

"Não somos amigos, mas quero dar-lhe um conselho de amigo: tenha a dignidade de sair pelos seus pés", recomendou o líder do PS-Madeira, levando a que Miguel Albuquerque lhe tenha chamado o "maior exemplo de mitómano político", acusando-o de fugir às suas responsabilidade no caso da queda da árvore.

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