Em dias de chuva, quem utiliza habitualmente a Estação de Sete Rios, em Lisboa, já sabe que o risco de cair ao chão existe. Basta um descuido e a água no piso escorregadio “ajuda” à queda. Seja na zona do metro ou do comboio, as goteiras fazem parte da rotina dos utilizadores de uma das maiores estações da cidade, com circulação do metropolitano durante todo o dia e mais de uma centena de comboios diariamente.São colocados baldes em alguns locais, mas são insuficientes para segurar toda a água que cai do teto em dias de muita chuva, como atestou o DN. Um dos principais pontos de alagamento é logo ao descer as escadas em direção à zona do metro, na Estação Jardim Zoológico - interligadas por corredores.. Por falar em escadas, algumas das rolantes estão sem funcionar há meses. Num papel colado numa delas lê-se: “Escadas rolantes temporariamente fora de serviço” e, com letras menores “pedimos desculpa pelo incómodo causado”, assinado pela Infraestruturas de Portugal e escrito em português e inglês. À caneta, uma pessoa escreveu “mentirosos, há muitos anos”.. “Já estamos habituados, isto é sempre assim”, diz ao DN uma utilizadora a correr pela escada normal para apanhar o apinhado comboio para Setúbal - situação agravada desde 15 de dezembro quando foi realizada uma alteração nos horários.Outros reclamam da falta de limpeza e do cheiro a urina nalguns pontos da estação. A Infraestruturas de Portugal, responsável pela zona dos comboios, não respondeu aos pedi- dos de esclarecimentos do DN sobre nenhum dos tópicos mencionados ao longo deste artigo.A última informação pública da Infraestruturas de Portugal sobre obras na Estação de Sete Rios é de outubro de 2020, quando foram anunciadas intervenções de reabilitação nesta estação e também em Entrecampos, com duração de seis semanas.Infiltrações no metroJá na zona do metro, as infiltrações são visíveis. Em dias de muita chuva, uma parte é isolada com faixas vermelhas. Ao DN, o Metropolitano de Lisboa informou que se encontra “a proceder a uma avaliação detalhada da eficácia dos tratamentos realizados” em setembro de 2023 e abril de 2024.Destas análises, “já foram identificadas ressurgências pontuais de infiltração que serão objeto de nova intervenção corretiva já programada para o decorrer do mês de março”.A empresa ainda destaca que “apenas após a conclusão desta fase de correção das ressurgências identificadas serão repostos os acabamentos e revestimentos na área intervencionada, restabelecendo-se, assim, a plena integridade estética e funcional do espaço”.Mais explica o Metropolitano que “em muitos casos, esses danos estão associados a intervenções urbanas realizadas no subsolo acima das cotas de coroamento das galerias do Metropolitano de Lisboa”, como “arranjos paisagísticos, as redes de rega, as roturas ou manutenções em condutas e outras infraestruturas públicas enterradas, etc”.. amanda.lima@dn.pt.'App' da Via Verde disponibiliza carregamentos do Andante a partir de sábado.Metro do Porto regista melhor ano de sempre em 2024 com 89,78 milhões de validações .IP autoriza despesa para adaptar estação de Aveiro à linha de alta velocidade