O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. EPA/ANDREAS GORA / POOL

Zelensky rejeita ceder território ucraniano e exige sentar-se à mesa das negociações

O encontro entre Trump e Putin para discutir um fim para o conflito está marcado para dia 15. Ucrânia veio reafirmar que não está disposta a entregar terras ao ocupante.
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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky rejeitou este sábado, 9 de agosto, um acordo de paz que exclua Kiev das negociações, numa altura em que está prevista uma reunião Donald Trump e Vladimir Putin para pôr fim ao conflito no dia 15 de agosto.

Qualquer solução que não envolva a Ucrânia é, ao mesmo tempo, uma solução contra a paz. Ela não trará nada. São soluções mortas. Elas nunca funcionarão”, escreveu o presidente ucraniano na rede social Telegram.

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Zelensky afirmou ainda que a integridade territorial da Ucrânia deve ser inegociável e que uma paz duradoura tem de incluir Kiev na mesa das negociações. “Os ucranianos não entregarão suas terras ao ocupante”, disse ainda na declaração publicada no Telegram.

Donald Trump e Vladimir deverão reunir-se sexta-feira, 15 de agosto, no Alasca.

O presidente dos EUA já sugeriu que um acordo de paz para a Ucrânia poderá incluir "trocas de território" entre Moscovo e Kiev, que "beneficiariam ambos" os beligerantes. Reconheceu, no entanto, que tais negociações são "complicadas".

“O presidente Putin, acredito, quer ver a paz, e Zelensky quer ver a paz”, e um acordo para acabar com a guerra provavelmente significaria “alguma troca de territórios”, afirmou ontem Trump, na Casa Branca, sem dar pormenores.

"Estamos a falar de território disputado há três anos e meio, com a morte de muitos russos e ucranianos. (...) É complicado. Haverá trocas de território que beneficiarão ambos", adiantou Trump.

A Rússia tem vindo a exigir que a Ucrânia ceda quatro regiões parcialmente ocupadas (Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson), além da Crimeia, anexada em 2014, e que renuncie ao fornecimento de armas ocidentais e a qualquer adesão à NATO.

Estas exigências têm sido recusadas por Kiev, que pretende a retirada das tropas russas do seu território e garantias de segurança ocidentais, incluindo a continuidade do fornecimento de armas e o envio de um contingente europeu, a que a Rússia se opõe.

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