O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, foi proibido de deixar o país, foi esta segunda-feira confirmado pelo comissário dos serviços de imigração do Ministério da Justiça durante uma audiência parlamentar. A imprensa sul-coreana já tinha avançado de manhã a possibilidade de esta medida ser aplicada enquanto as autoridades investigam uma possível acusação de rebelião devido à imposição da lei marcial. .O Partido Democrático (PD), a principal força da oposição da Coreia do Sul, classificou a imposição da lei marcial por parte de Yoon como “rebelião inconstitucional e ilegal ou golpe”. E apresentou queixas junto da polícia contra pelo menos nove pessoas, incluindo Yoon e o ex-ministro da Defesa, sobre a alegada rebelião. O presidente sul-coreano decretou na última terça-feira a lei marcial, uma medida que durou apenas seis horas, até ser revertida por uma votação no Parlamento . .Os procuradores sul-coreanos detiveram no domingo o ex-ministro da Defesa Kim Yong-hyun, que terá recomendado que Yoon declarasse a lei marcial. Embora o presidente tenha imunidade contra processos judiciais enquanto estiver em funções, tal não se estende a alegações de rebelião ou traição..Esta segunda-feira ainda, o PD acusou o Partido Popular do Povo (PPP), no poder, de organizar um “segundo golpe de Estado” ao agarrar-se ao poder e recusar-se a destituir Yoon. “Por mais que tentem justificar (...) este é um segundo ato de rebelião e um segundo golpe, ilegal e inconstitucional”, declarou Park Chan-dae, líder parlamentar do Partido Democrático..No sábado, Yoon escapou por pouco a uma primeira moção de destituição, submetida ao Parlamento. O PPP boicotou e invalidou a votação por falta de quórum, explicando depois que, em troca do bloqueio da moção, recebeu a promessa de que Yoon se retiraria para deixar a governação do país à sua formação e ao primeiro-ministro. .“Mesmo antes da sua retirada, o presidente não interferirá nos assuntos de Estado, nem nos assuntos externos”, garantiu o líder do PPP, Han Dong-hoon, no domingo. O PD denunciou esta manobra como uma “clara violação” da Constituição, referindo que “Han Dong-hoon [o líder do PPP] e o primeiro-ministro Han Duck-soo, que não têm autoridade constitucional, estão a tentar tomar o poder, continuando uma rebelião perigosa e ilegal”. .Na opinião do deputado do PD Jeon Hyun-hee, Han “alinhou com o crime de rebelião e já não está qualificado para ser o líder do partido no poder”, chamando o primeiro-ministro de conspirador e defendendo que “se deve demitir”. No sábado, o Partido Democrático vai tentar novamente destituir o presidente..com agências