A Europa está a elaborar "planos bastante precisos" para o envio de tropas de vários países para a Ucrânia no âmbito das garantias de segurança pós-conflito, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ao Financial Times em declarações publicadas este domingo (31 de agosto).Essas garantias de segurança contarão com o apoio das capacidades norte-americanas. "O presidente Trump garantiu-nos que haverá uma presença americana como parte do apoio", disse von der Leyen ao jornal, acrescentando que "isso foi muito claro e repetidamente afirmado".O destacamento deverá incluir potencialmente dezenas de milhares de tropas lideradas por europeus, apoiadas pela assistência dos EUA, incluindo sistemas de controlo e comando e recursos de inteligência e vigilância, segundo a informação. O acordo foi assinado na reunião entre o presidente dos EUA, Donald Trump, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e os líderes europeus no mês passado, na Casa Branca.Os líderes europeus, incluindo o chanceler alemão, Friedrich Merz, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, e von der Leyen, deverão reunir-se em Paris na quinta-feira (4 de setembro), a convite do presidente francês, Emmanuel Macron, para dar continuidade às discussões de alto nível sobre a Ucrânia, informou ainda o Financial Times, citando três diplomatas informados sobre os planos.A presidente da Comissão Europeia esteve este domingo na fronteira entre a Polónia e a Bielorrússia, na companhia do primeiro-ministro polaco, Donald Tusk."Não estamos aqui para celebrar um aniversário, mas, cara Ursula, senhora presidente, escolhi este lugar - de acordo com a vossa sugestão também - para mostrar o que é hoje a solidariedade contemporânea. Para nós e para nós na altura, há 45 anos, o Solidariedade [sindicato] era um grande sonho de independência, era um grande movimento cuja tarefa era também unir a Europa e separar-se do mundo mau, do império mau da época. E esta fronteira é tão importante hoje como o nosso sonho de nos libertarmos do domínio soviético era importante na altura", afirmou Tusk."Estamos aqui, na barreira que protege a Polónia e a Europa da guerra híbrida declarada pela Bielorrússia e pela Rússia, da migração ilegal. Não se trata de migração, trata-se de grupos de pessoas - organizados por Lukashenko, Putin e os seus serviços - cuja função é atacar fisicamente a fronteira polaca e europeia. Mas também falámos hoje sobre outras instalações na fronteira polaca e, portanto, também na fronteira europeia, sobre o "Escudo Oriental", que é suposto defender a Polónia e a Europa contra uma possível agressão russa, acrescentou o chefe do governo polaco.Com Reuters