O Ministério dos Negócios Estrangeiros está a analisar e vai responder à carta enviada pela Rússia aos Estados-membros da NATO e da OSCE em que pede que se pronunciem individualmente sobre a crise na Ucrânia, revelou esta quinta-feira fonte oficial.."Recebemos" essa carta, que "está a ser analisada e merecerá, naturalmente, resposta", disse fonte oficial do gabinete do Ministro dos Negócios Estrangeiros, questionado pela Lusa sobre se tinha recebido e já havia resposta à carta de Moscovo..O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, enviou cartas aos Estados-membros da NATO e da OSCE a pedir que divulguem o que pensam sobre a crise na Ucrânia, independentemente da posição das duas organizações..A informação do envio das cartas de Moscovo foi dada pelo embaixador russo em Madrid, Yuri Korchagin, que afirmou que, embora fazendo parte destas organizações, esses países também têm obrigações a cumprir nas suas relações bilaterais com a Rússia.."Tudo o que foi assinado deve ser respeitado", disse o embaixador da Rússia em Madrid numa conferência de imprensa, citado pela agência de notícias espanhola EFE..Por esta razão, a Rússia espera uma resposta de cada um deles sem demora, disse..A Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) tem 30 membros e a OSCE 57..Portugal e Espanha integram as duas organizações, bem como a maioria dos Estados-membros da União Europeia (UE)..Korchagin reafirmou a posição de Moscovo de que a Rússia não pretende invadir a Ucrânia, como afirmam as autoridades ucranianas e os seus aliados ocidentais..Disse que os cerca de 100.000 militares que a NATO afirma que o exército russo mobilizou estão a "centenas de quilómetros" da Ucrânia e nos seus locais habituais de operação..O contexto da crise é um "interesse económico, comercial" dos Estados Unidos para vender gás liquefeito à Europa, em vez do seu fornecimento pela Rússia, acrescentou o diplomata russo.