Casa Branca diz ainda não haver decisão sobre o destino de 240 mil ucranianos a viver nos EUA
A Casa Branca está a planear revogar o estatuto legal temporário de cerca de 240 mil ucranianos que fugiram para os Estados Unidos após o início da invasão russa, o que os coloca numa situação de potencial deportação, noticiou a Reuters esta quinta-feira depois de ouvir um alto funcionário da administração de Donald Trump e três outras fontes próximas ao assunto.
Horas depois da notícia divulgada, a porta-voz da Casa Branca usou as redes sociais para afirmar que "nenhuma decisão foi tomada nesta altura". Karoline Leavitt referiu ainda que esta informação "são mais fake news da Reuters baseadas em fontes anónimas que não têm ideia do que estão a falar".
A Reuters escreveu ainda que é esperado que esta medida tenha efeito no próximo mês, e que já estava planeada antes da confrontação entre Donald Trump e Volodymyr Zelensky na Sala Oval, na passada sexta-feira, fazendo parte de uma ação mais abrangente da presidência dos Estados Unidos de retirar o estatuto legal a mais de 1,8 milhões de migrantes autorizados a entrar no país no âmbito de programas humanitários criados pelo ex-presidente Joe Biden, referem as mesmas fontes. Entre os afetados por esta revogação estão ainda cerca de meio milhão de cidadãos vindos de Cuba, Haiti, Nicarágua e Venezuela.
Ainda segundo a Reuters, um e-mail interno do Serviço de Imigração dos Estados Unidos (ICE) refere que os migrantes que perderem o seu estatuto de legalidade condicional, como os ucranianos ou os cubanos, por exemplo, poderão enfrentar processos de deportação acelerados.