A alta representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros revelou hoje que há um "amplo consenso" para uma proposta de 40 mil milhões de euros para apoiar militarmente a Ucrânia, mas não concretizou a proposta.Em conferência de imprensa, em Bruxelas - capital da Bélgica e onde estão localizadas as principais instituições da UE - Kaja Kallas (ex-primeira-ministra da Estónia) disse que há um "amplo consenso" para a denominada "proposta Kallas" para aumentar o apoio militar à Ucrânia."Há um amplo consenso para uma iniciativa de defesa no valor de 40 mil milhões de euros", sustentou a chefe da diplomacia europeia, que falava no final da reunião do Conselho de Negócios Estrangeiros, em que participou o chefe da diplomacia portuguesa, Paulo Rangel.No entanto, Kaja Kallas não especificou a proposta, não disse que países apoiam ou rejeitam esta proposta, nem o que poderá incluir.A proposta, anunciada há algum tempo, não tem até hoje um valor definido e apenas foi comunicada pela alta representante como uma intenção que tem tentado fazer valer junto dos Estados-membros, que pouco se têm pronunciado sobre as especificidades deste plano..O presidente francês disse hoje que a França e o Canadá são "aliados fiáveis" e vão continuar a exigir "compromissos claros" à Rússia para uma "paz duradoura" na Ucrânia e a "segurança de toda a Europa".O Canadá e a França querem uma "paz sólida e duradoura, com garantias sólidas que protejam a Ucrânia contra qualquer nova agressão russa e que assegurem a segurança de toda a Europa", afirmou Emmanuel Macron, ao lado do novo primeiro-ministro canadiano, Mark Carney, numa conferência de imprensa antes de um almoço de trabalho no Palácio do Eliseu."É neste espírito que manteremos o nosso apoio à Ucrânia e continuaremos a exigir compromissos claros da Rússia", acrescentou Macron, que tem vindo a defender o envio de forças europeias para manter a paz no país invadido pelas tropas russas em fevereiro de 2022.De acordo com uma sondagem realizada pelo instituto Elabe para o canal francês BFMTV, 59% dos franceses consideram que a França, enquanto única potência nuclear da União Europeia (UE), deve proteger os vizinhos europeus, numa altura em que a Rússia continua a apostar no rearmamento.Já Mark Carney, na primeira visita oficial internacional depois de ter sido empossado na sexta-feira, garantiu que Otava quer reforçar os laços com "aliados fiáveis como a França", numa altura em que o Canadá está sob pressão comercial dos Estados Unidos e com repetidas ameaças de anexação por parte do Presidente norte-americano, Donald Trump."O Canadá vai estar sempre presente para garantir a segurança e os laços comerciais da Europa", afirmou o chefe de Governo canadiano, acrescentando que os dois países são "a favor da soberania e da segurança"..Porta-voz do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, afirmou esta segunda-feira que há um "número significativo” de países que está disponível a enviar tropas de manutenção da paz para a Ucrânia. “A capacidade de contribuição irá variar, mas será uma força significativa, com um número significativo de países a fornecer tropas”, disse o porta-voz, segundo a Sky News, referindo que mais de 30 países deverão participar "coligação" para apoiar a Ucrânia. .A Alta Representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Kaja Kallas, afirmou esta segunda-feira que as “condições apresentadas" por Moscovo mostram que "Rússia não quer a paz".A chefe da diplomacia europeia falava aos jornalistas no dia em que os ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27 Estados-membros estão reunidos em Bruxelas para discutir o fim da guerra na Ucrânia. “As condições apresentadas demonstram que a Rússia não quer a paz, uma vez que apresenta como condições todos os objetivos finais que pretende alcançar com a guerra”, argumentou Kallas, citada pela Sky News. .O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, insistiu esta segunda-feira que "é totalmente extemporâneo" ponderar sobre o apoio que Portugal poderá prestar à Ucrânia na eventualidade de um acordo de paz com a Rússia.Questionado pelos jornalistas sobre a disponibilidade de Portugal para integrar uma possível missão de manutenção da paz na Ucrânia, decorrente de um eventual acordo de paz com Moscovo, Paulo Rangel considerou que esse cenário, "sinceramente, é totalmente extemporâneo".No âmbito de uma reunião ministerial em Bruxelas, Rangel acrescentou que "compreende a curiosidade, só que neste momento não é possível dar uma resposta clara"."Aquilo que Portugal tem dito sempre -- e que eu aqui reafirmo -- é que estará sempre disponível para, no quadro da UE ou outros [...], contribuir para ajudar a Ucrânia", comentou o governante português.Lusa.O Conselho da União Europeia aprovou hoje um terceiro pagamento de 3,5 mil milhões de euros à Ucrânia, ao abrigo do mecanismo criado para o país, elevando o total para 20 mil milhões num ano."A Ucrânia receberá em breve cerca de 3,5 mil milhões de euros, depois de o Conselho [da União Europeia] ter aprovado um terceiro pagamento de subvenções e empréstimos não reembolsáveis à Ucrânia ao abrigo do Mecanismo em favor da Ucrânia", anunciou, em comunicado, a instituição.No dia em que os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE se reúnem em Bruxelas, o Conselho assinalou que, "com este terceiro desembolso, a Ucrânia receberá cerca de 20 mil milhões de euros ao abrigo do Mecanismo para a Ucrânia desde a sua entrada em vigor há um ano".A 'luz verde' surge depois de o país ter satisfeito as condições necessárias estabelecidas no plano referente a este terceiro desembolso, nomeadamente depois de ter implementado 13 medidas diferentes como a aprovação de reformas destinadas a aumentar a utilização de energias renováveis, o aumento da autonomia da entidade reguladora da energia, a simplificação dos procedimentos de passagem das fronteiras em conformidade com as normas da UE, a adoção de uma estratégia para a agricultura e o desenvolvimento rural (incluindo a remoção das minas terrestres das zonas agrícolas) e a continuação dos trabalhos de elaboração de uma lista das suas matérias-primas estratégicas e críticas.O mecanismo em causa visa apoiar a estabilidade macrofinanceira e a recuperação, reconstrução e modernização da Ucrânia.O plano define as intenções da Ucrânia neste percurso, bem como um calendário para as reformas que o país tenciona empreender, no âmbito do processo de adesão à UE nos próximos quatro anos.O Mecanismo de Apoio à Ucrânia entrou em vigor a 01 de março de 2024 e disponibiliza até 50 mil milhões de euros em financiamento estável, sob a forma de subvenções e empréstimos, para apoiar a recuperação, a reconstrução e a modernização da Ucrânia no período de 2024 a 2027.Deste montante, até 32 mil milhões de euros são mobilizados a título indicativo para apoiar as reformas e os investimentos previstos no plano para a Ucrânia, estando os desembolsos condicionados ao cumprimento pela Ucrânia de uma série de condições preestabelecidas.Desde a entrada em vigor, o Mecanismo de Apoio à Ucrânia já desembolsou seis mil milhões de euros a título de financiamento intercalar, 1,89 mil milhões de euros em pré-financiamento e duas frações de cerca de 4,2 e 4,1 mil milhões de euros, à qual se soma esta terceira.Lusa.A Rússia já confirmou que Vladimir Putin vai conversar com Donald Trump durante o dia de amanhã, conforme tinha anunciado hoje o presidente dos EUA. "Sim, está correto, a conversa está a ser preparada para esta terça-feira", disse esta manhã o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, recusando revelar detalhes dessa conversa. "Nunca fazemos isso, não nos precipitamos", disse..Um procurador da Lituânia anunciou esta manhã que os serviços secretos militares da Rússia estiveram por trás do incêndio de uma loja do IKEA em maio do ano passado, em Vilnius.As autoridades já tinham classificado como criminoso o incêndio que teve a autoria de dois cidadãos ucranianos, um dos quais menor.O crime tem sido investigado como terrorismo e um dos suspeitos foi mesmo detido na Polónia, acrescentou o procurador, garantindo que o mesmo grupo esteve envolvido noutro incêndio num centro comercial na Polónia também no ano passado, que levou à detenção de nove pessoas..Andrii Sybiha, ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, participou hoje através de videochamada na reunião do conselho dos negócios estrangeiros da União Europeia, tendo através da rede social X dito que esta "é a hora de usar todas as ferramentas diplomáticas para fazer a Rússia aceitar as medidas de paz de forma incondicional, tal como fez a Ucrânia", escreveu. "Também me concentrei nos esforços para fortalecer a capacidade de defesa e autossuficiência da Ucrânia e da Europa, bem como avançar na política de sanções e prosseguir no caminho de adesão da Ucrânia à UE. Juntos, realizaremos a nova força da Europa", sublinhou..“Se a Ucrânia solicitar a presença de forças aliadas no seu território, não cabe à Rússia aceitá-las ou rejeitá-las”. A afirmação é de Emmanuel Macron, presidente francês, sobre o envio de tropas para território ucraniano.Referindo-se a contingentes de vários milhares de soldados para locais chave na Ucrânia, Macron disse no domingo à imprensa francesa que “vários países europeus e não europeus” já tinham “manifestado a sua vontade” para se juntarem a um possível destacamento, noticia a Sky News. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, já tinha falado na hipótese de criar uma “coligação" em que soldados de vários países poderiam ser destacados para a Ucrânia para fazer parte de forças de manutenção da paz.Leia mais aqui.Pelo menos três pessoas morreram na Ucrânia na sequência dos ataques russos das últimas 24 horas.A Força Aérea ucraniana diz ter abatido 90 dos 174 drones lançados pela Rússia durante a madrugada, sendo que outros 70 falharam os alvos. As três mortes foram registadas na cidade de Myrnohrad, no leste da Ucrânia, na região de Kherson, onde se registaram mais três feridos, e na região fronteiriça de Sumy, onde houve mais dois feridos.Autoridades de Kiev indicaram que ataque russo com drones causou danos nas regiões de Odessa (sul), Kharkiv e Sumi (nordeste), Dnipropetrovsk e Kirovohrad (centro) e Chernihiv e Kiev (norte).Na região de Odessa, uma pessoa ficou ferida e cerca de 500 clientes ficaram sem eletricidade, na sequência do ataque.Por outro lado, "drones desconhecidos atingiram uma infraestrutura de energia na região de Astrakhan, na Federação Russa", escreveu, sarcasticamente, o chefe do Centro de Combate à Desinformação do Conselho de Segurança Nacional da Ucrânia, Andry Kovalenko, nas redes sociais.Kovalenko acrescentou, referindo-se aos drones ucranianos que atacam a infraestrutura estratégica russa todas as noites, que "a intensidade do trabalho de drones desconhecidos está a aumentar".Ucrânia e Rússia continuam a trocar golpes contra as retaguardas uma da outra enquanto aguardam uma resposta definitiva do Kremlin à proposta de trégua de 30 dias apresentada pelos EUA, que já foi aceite por Kiev.DN/Lusa.Kaja Kallas, Alta-Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, defendeu hoje que a Rússia apresentou condições para um cessar-fogo que demonstram desinteresse em acabar com a guerra."As condições que Moscovo apresentou demonstram que não quer realmente a paz", disse Kaja Kallas, à entrada para uma reunião ministerial, em Bruxelas, capital da Bélgica e onde estão localizadas as principais instituições europeias.A Alta-Representante da UE para os Negócios Estrangeiros insistiu que "é uma grande questão percebe se a Rússia quer paz".Sem adiantar muito mais sobre o possível acordo para um cessar-fogo entre a Ucrânia e a Rússia, mais de três anos depois do início do conflito, a ex-primeira-ministra da Estónia virou as atenções para os "episódios de violência na Síria"."São muito preocupantes", advogou, considerando que a decisão de aliviar ainda mais as restrições contra o país depende da avaliação que os 27 Estados-membros fizerem de como evoluiu a situação político-social do país.Lusa.Rússia e Ucrânia trocaram ataques com drones durante a madrugada, numa altura em que se procura um caminho para a paz para este conflito que dura há mais de três anos. O governador regional da região russa de Astrakhan revelou no Telegram que drones ucranianos atacaram instalações de energia, entre outros alvos, mas garantiu que situação estava "sob controle". O Ministério da Defesa russo disse, por sua vez, ter destruído 72 drones disparados pela Ucrânia, incluindo 13 sobre a região de Astrakhan e 36 na região de Kursk, onde as forças de Kiev foram repelidas nas últimas semanas. Já Vitali Klitschko, presidente da autarquia de Kiev, disse ontem à noite também através do Telegram que a defesa aérea ucraniana estava a tentarrepelir um ataque de drones russos. Enquanto isso, Andriy Yermak, chefe da recém-formada delegação de paz da Ucrânia deixou um aviso no X: "A Rússia continua a atacar, a Ucrânia responderá aos ataques até que Putin pare a guerra.".O presidente dos Estados Unidos Donald Trump disse que iria falar com o homólogo russo, Vladimir Putin, na terça-feira, para tentar pôr um fim à guerra na Ucrânia."Veremos se temos algo a anunciar talvez até terça-feira. Falarei com o presidente Putin na terça-feira", disse Trump aos jornalistas no avião presidencial, no domingo à noite."Foi feito muito trabalho no fim de semana. Queremos ver se conseguimos pôr fim a esta guerra", acrescentou o chefe de Estado.Embora a Rússia tenha falhado o objetivo inicial da invasão, lançada em fevereiro de 2022, de derrubar o Governo da Ucrânia e controlar o país, ainda controla grandes áreas do Estado vizinho.Trump disse que as regiões ocupadas pela Rússia no leste da Ucrânia e as centrais elétricas irão parte das negociações."Falaremos sobre as terras. Falaremos sobre centrais elétricas", disse o republicano.Trump descreveu as negociações como sendo sobre "a divisão de certos ativos". .Trump e Putin vão conversar esta semana sobre a Ucrânia. Horas antes, o enviado norte-americano à Rússia disse que Trump irá reunir-se "esta semana" com Putin para discutir a situação da Ucrânia, avançou a agência de notícias France-Presse."Ainda há muito para discutir, mas penso que os dois presidentes vão ter uma discussão muito boa e positiva esta semana", afirmou Steve Witkoff, em declarações à CNN, acrescentando que Moscovo, Kiev e Washington "querem que tudo isto acabe".Na sexta-feira, o Kremlin disse que Putin tinha entregado uma mensagem a Trump sobre a proposta do enviado norte-americano para um cessar-fogo na Ucrânia."Quando o senhor Witkoff fornecer todas as informações ao Presidente Trump, determinaremos o momento para uma conversa" entre os dois presidentes, afirmou na ocasião o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.A Ucrânia concordou com uma trégua incondicional de 30 dias se a Rússia parasse com os ataques no leste do país.Contudo, Putin não concordou com qualquer trégua e decidiu estabelecer condições maximalistas, como a Ucrânia ceder as cinco regiões anexadas unlateralmente pela Rússia, abandonar as ambições de Kiev de se juntar à NATO e desmantelar o atual Governo ucraniano.Por sua vez, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, descreveu a conversa telefónica que teve com o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, como promissora."É difícil negociar um fim duradouro para uma guerra enquanto os beligerantes disparam uns sobre os outros e é, por isso, que o presidente [Trump] quer um cessar-fogo", acrescentou o chefe da diplomacia norte-americana.Steve Witkoff, enviado especial de Donald Trump, chegou a Moscovo na quinta-feira para apresentar aos russos o plano dos Estados Unidos para uma trégua de 30 dias.Lusa.Macron diz que não é preciso autorização da Rússia para enviar uma força de paz para a Ucrânia