Imagens da reunião entre a administração norte-americana e a comitiva ucraniana na Casa Branca.
Imagens da reunião entre a administração norte-americana e a comitiva ucraniana na Casa Branca.AARON SCHWARTZ / POOL / EPA

Trump terá pressionado Zelensky para "aceitar as condições de Putin", ou "ser destruído”

Financial Times descreve a última reunião entre os presidentes norte-americano e ucraniano como “volátil”, marcada por gritos, insultos e grande tensão política.
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, terá advertido o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, de que a Rússia “destruirá o seu país” caso não aceite as condições de Moscovo para pôr fim à guerra, segundo avançou este domingo o jornal britânico Financial Times (FT).

A revelação surge após o encontro tenso entre os dois líderes, realizado na passada sexta-feira na Casa Branca, onde Zelensky procurava obter novos sistemas de armamento, incluindo mísseis Tomahawk, para reforçar a defesa ucraniana. O diário descreve a reunião como “volátil”, marcada por gritos, insultos e grande tensão política.

De acordo com fontes citadas pelo Financial Times, Trump terá reagido de forma agressiva, empurrando mapas do campo de batalha ucraniano e insistindo para que Zelensky ceda a totalidade da região do Donbass ao presidente russo Vladimir Putin. O líder republicano terá ainda repetido argumentos apresentados pelo Kremlin numa chamada telefónica com Putin ocorrida no dia anterior.

“Se ele (Putin) quiser, destrói-te”, terá dito Trump, segundo uma fonte europeia citada pelo jornal.

Outras fontes confirmaram que o presidente norte-americano passou boa parte do encontro a repreender Zelensky, repetindo as posições russas e pressionando-o a aceitar o plano de paz proposto por Moscovo.

Apesar do clima hostil, Zelensky declarou à saída da Casa Branca que ambos os líderes “concordaram em reduzir tensões” com Moscovo e que as conversas incluíram temas como posições no campo de batalha, defesa aérea e perspetivas diplomáticas.

Em declarações posteriores, o presidente ucraniano admitiu alguma deceção com o rumo do diálogo, acrescentando que os líderes europeus se mostram mais pragmáticos do que otimistas quanto ao futuro da guerra.

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