Donald Trump afirmou esta quinta-feira que acredita que os Estados Unidos vão anexar a Gronelândia, mesmo depois de o novo primeiro-ministro da região autónoma dinamarquesa ter refutado a ideia.Durante uma reunião na Sala Oval com o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, o presidente dos EUA foi questionado sobre o assunto e mostrou-se confiante: "Acho que isso vai acontecer.""Não pensei muito nisso antes, mas estou sentado com um homem que pode ser muito importante. Sabes, Mark, precisamos disto para a segurança internacional. Temos muitos dos nossos jogadores favoritos a navegar ao longo da costa e temos de ter cuidado", afirmou o presidente norte-americano..Trump pede ao Pentágono que prepare planos para retomar o controlo do Canal do Panamá . A independência foi uma das questões presentes nas eleições legislativas de terça-feira, com a maioria dos 57 mil habitantes da Gronelândia a afirmarem que não querem ser dinamarqueses nem norte-americanos.O interesse pela Gronelândia foi reafirmado por Donald Trump pouco depois de ter tomado posse como chefe de Estado, em janeiro, no quadro de uma política externa que engloba exigências à Ucrânia para que entregue os direitos sobre minerais em troca de ajuda militar, ameaças sobre o controlo do Canal do Panamá e sugestões de que o Canadá se torne no 51.º Estado dos Estados Unidos.A Gronelândia é um território autónomo da Dinamarca, país aliado dos Estados Unidos.Copenhaga já rejeitou as propostas de Donald Trump.Na maior ilha do mundo com 80% do território acima do Círculo Polar Ártico vivem 57 mil pessoas, na maioria inuit.As alterações climáticas estão a reduzir o gelo do Ártico, prevendo a criação de uma passagem para o comércio internacional e reacendendo a competição com a Rússia, a República Popular da China e Estados Unidos pelo acesso aos recursos minerais da região.