Rahmanullah Lakanwal
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Suspeito do tiroteio em Washington é um afegão que trabalhou para uma unidade apoiada pela CIA

Investigadores ainda procuram saber as motivações do suspeito, numa altura em que os dois soldados da Guarda Nacional baleados permanecem em estado crítico.
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O suspeito do tiroteio desta quarta-feira, 26 de novembro, em Washington D.C., é um cidadão afegão que trabalhou para uma unidade apoiada pela CIA no Afeganistão, segundo as autoridades norte-americanas.

Trabalhou com "o governo dos Estados Unidos, incluindo a CIA, como membro de uma força parceira em Kandahar" durante a guerra liderada pelos EUA no país, afirmou o diretor da CIA, John Ratcliffe.

Os investigadores ainda procuram saber as motivações do suspeito para levar a cabo o ataque de "emboscada" na véspera do Dia de Ação de Graças, numa altura em que os dois soldados da Guarda Nacional baleados permanecem em estado crítico.

Já o suspeito ficou ferido durante uma troca de tiros antes de ser detido e foi identificado pelo Departamento de Segurança Interna como Rahmanullah Lakanwal.

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EUA suspendem pedidos de imigração de afegãos após ataque à Guarda Nacional

A procuradora-geral Pam Bondi afirmou que o Governo norte-americano planeia apresentar acusações de terrorismo contra o atirador e procurar, "no mínimo", uma pena de prisão perpétua.

"Um atirador solitário abriu fogo sem provocação, numa emboscada, armado com um revólver Smith & Wesson calibre 357", afirmou Bondi aos jornalistas.

Os dois soldados feridos são um homem de 24 anos, Andrew Wolfe, e uma mulher de 20, Sarah Beckstrom. Ambos foram submetidos a cirurgias e permanecem em estado crítico.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, prometeu que o responsável pelo tiroteio vai "pagar um preço muito alto".

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Dois membros da Guarda Nacional em estado crítico após serem baleados em tiroteio perto da Casa Branca

"O animal que alvejou os dois membros da Guarda Nacional, ambos gravemente feridos e agora em hospitais diferentes, também está gravemente ferido, mas, apesar de tudo, vai pagar um preço muito elevado", podia ler-se na declaração do republicano na sua rede social.

"Deus abençoe a nossa grande Guarda Nacional e todos os nossos militares e polícias. Estas são pessoas verdadeiramente extraordinárias. Eu, como Presidente dos Estados Unidos, e todos os associados ao Gabinete da Presidência, estamos convosco", frisou ainda Trump, que adiantou que o seu Governo "iria reexaminar" todos os afegãos que chegaram aos EUA durante a presidência do seu antecessor, Joe Biden.

O Serviço de Cidadania e Imigração dos EUA (USCIS) informou que suspendeu indefinidamente o processamento de todos os pedidos de imigração relacionados com cidadãos afegãos, "enquanto se aguarda uma revisão mais aprofundada dos protocolos de segurança e verificação".

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