Rússia lança ataques às forças rebeldes que controlam parte de Aleppo
Ofensiva surpresa dos rebeldes começou na quarta-feira. Insurgentes já controlam 65 localidades e cinco bairros da segunda maior cidade síria. Desde 2016 que a Rússia não lançava ataques aéres em território Sírio, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
Ontem, ainda antes dos ataques noturnos, o Kremlin já havia reagido à ofensiva: “Em relação à situação em redor de Aleppo, é um ataque à soberania síria e somos a favor de que as autoridades sírias ponham ordem na área e restaurem a ordem constitucional o mais rapidamente possível”, disse o porta-voz Dmitry Peskov.
É a primeira vez que os insurgentes que lutam desde 2011 contra o regime de Bashar al-Assad entram na segunda maior cidade do país desde que foram forçados a sair pelo exército sírio, em 2016, naquele que foi um ponto de viragem na guerra civil.
“As nossas forças continuam a repelir a grande ofensiva lançada por grupos terroristas armados”, assegurou o Exército sírio num comunicado, alegando que “conseguiram recuperar o controlo de certas posições”.
Este é o maior ataque desde o desescalar do conflito em março de 2020, após um acordo que envolveu Rússia (que em 2015 interveio em apoio do presidente sírio) e a Turquia (que apoia alguns grupos rebeldes no noroeste da Síria).