Drones russos na Ucrânia.
Drones russos na Ucrânia.FOTO: Sergei SUPINSKY / AFP

Rússia interceta 36 drones ucranianos em cinco regiões. Ucrânia diz ter destruído radar e sistema de mísseis

O Ministério da Defesa disse que foram abatidas 27 aeronaves não tripuladas na região de Kursk, que tem estado parcialmente ocupada pelas tropas ucranianas desde agosto.
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A Rússia anunciou este domingo ter abatido 36 'drones' ucranianos em cinco regiões do país, incluindo Kursk, Bryansk e Belgorod, que fazem fronteira com a Ucrânia.

O Ministério da Defesa disse que foram abatidos 27 aeronaves não tripuladas na região de Kursk, que tem estado parcialmente ocupada pelas tropas ucranianas desde agosto.

Também foram abatidos quatro 'drones' sobre Lipetsk, três sobre Belgorod e um em Bryansk e Orlov, uma região a 300 quilómetros de Moscovo, disse o ministério, citado pela agência espanhola EFE.

Kursk e Bryansk foram os alvos, durante a semana, dos dois primeiros ataques ucranianos com mísseis de longo alcance fabricados nos Estados Unidos e no Reino Unido.

Em resposta, Moscovo lançou na quinta-feira pela primeira vez um míssil balístico hipersónico Oreshnik contra uma fábrica de armas na região de Dnipro, no leste da Ucrânia.

Horas depois do disparo, o Presidente russo, Vladimir Putin, falou à nação para responsabilizar o Ocidente pela escalada do conflito.

Putin afirmou que a guerra na Ucrânia assumiu agora um "caráter global" e ameaçou atacar qualquer país cujos mísseis de longo alcance fossem usados contra território russo.

O líder russo ordenou a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022, para "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho.

Desde então, declarou como anexadas à Federação Russa as regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson, depois de ter anexado a Crimeia em 2014.

A Ucrânia e a generalidade da comunidade internacional não reconhecem a soberania russa nas cinco regiões anexadas.

Kiev exige a retirada das tropas russas de todo o território da Ucrânia, incluindo a Crimeia, como pré-condição para eventuais negociações para terminar os combates.

O balanço de baixas civis e militares da guerra russa contra a Ucrânia está por contabilizar, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm admitido que serão muito elevadas.

Forças ucranianas reivindicam destruição de estação de radar em Kursk

 A Ucrânia já reivindicou a destruição de uma estação de radar de um sistema de mísseis antiaéreos S-400 em Kursk.

"Durante a noite, unidades (...) das Forças Armadas da Ucrânia (...) lançaram um ataque contra posições da divisão de mísseis antiaéreos 1490 do regimento de mísseis antiaéreos do 6.º Exército da Rússia na região de Kursk", disse o Estado-Maior ucraniano.

O ataque atingiu com êxito "a estação de radar do sistema de mísseis antiaéreos S-400", afirmou a mesma fonte num comunicado nas redes sociais citado pela agência espanhola EFE.

De acordo com a liderança militar ucraniana, a unidade das Forças Armadas russas efetuava bombardeamentos "principalmente dirigidos contra alvos civis e contra a população civil nas regiões da linha da frente da Ucrânia.

O exército ucraniano disse também que abateu 50 'drones' russos lançados a partir das regiões de Oryol e Bryansk, segundo a agência espanhola Europa Press.

As forças de defesa aérea ucranianas abateram os 'drones' sobre as regiões de Kiev, Cherkassi, Kirovohrad, Chernigov, Sumy, Poltava e Yitomir.

O exército disse que a Rússia lançou 73 'drones' e que 19 "desapareceram do radar", não especificando se os restantes quatro atingiram alvos na Ucrânia.

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