Keir Starmer.
Keir Starmer.EPA/CHRIS J. RATCLIFFE / POOL

Reino Unido ameaça reconhecer o Estado palestiniano em setembro se Israel não aceitar cessar-fogo

O primeiro-ministro britânico anunciou a decisão diante de pressão interna e depois de o presidente francês ter feito o mesmo.
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O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, anunciou esta terça-feira (29 de julho) que o Reino Unido vai reconhecer o Estado palestiniano na Assembleia Geral das Nações Unidas, em setembro, mas deixou a porta aberta para um eventual recuo, deixando uma série de exigências a Israel.

O reconhecimento acontecerá "a menos que o Governo israelita tome medidas substanciais para pôr fim à situação terrível em Gaza, concorde com um cessar-fogo e se comprometa com uma paz sustentável a longo prazo, revivendo a perspetiva de uma solução de dois Estados, e isto inclui permitir que a ONU reinicie o fornecimento de ajuda e deixar claro que não haverá anexações na Cisjordânia".

A decisão de Starmer surge depois de pressão interna no Reino Unido e depois de o presidente francês, Emmanuel Macron, anunciar também a decisão de reconhecer o Estado palestiniano em setembro.

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O primeiro-ministro britânico disse ainda que a mensagem do Reino Unido para com o Hamas continua igual. "Têm que libertar imediatamente todos os reféns, assinar um cessar-fogo, entregar as armas e aceitar que não vão ter qualquer papel no Governo de Gaza", afirmou Starmer.

A decisão surge também depois de uma reunião na Escócia com o presidente norte-americano, Donald Trump, que se mostrou crítico da situação humanitária na Faixa de Gaza.

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