O rapper e produtor norte-americano Sean Combs, popularmente conhecido como P. Diddy, foi condenado esta quarta-feira (2 de julho) por dois crimes de transporte de pessoas para fins de prostituição, num julgamento que decorreu em Nova Iorque. A decisão foi avançada pela agência Associated Press (AP).O júri considerou o artista de 55 anos culpado de organizar viagens com o objetivo de promover encontros sexuais pagos, envolvendo ex-namoradas e trabalhadores do sexo masculinos. As autoridades descreveram um esquema em que as vítimas eram coagidas com drogas e ameaças para participarem em festas privadas.Ao todo, Sean Combs enfrentava cinco acusações. As mais graves eram por associação criminosa e tráfico sexual através da força, fraude ou coação, crimes que poderiam levá-lo à prisão perpétua. O júri acabou por absolvê-lo dessas três acusações.As duas condenações recaíram no crime federal de transporte com fins de prostituição, cada uma com pena máxima de dez anos de prisão. A sentença será anunciada nas próximas semanas.A defesa classificou o julgamento como um “processo fabricado”. O advogado de Sean Combs, Marc Agnifilo, acusou os procuradores de exagerarem no estilo de vida do artista e no seu consumo de drogas para montar o caso, acrescentando que as mulheres participaram de forma voluntária.Durante o julgamento, a acusação apresentou relatos de festas marcadas por abuso, uso forçado de drogas e violência. Testemunhas também mencionaram casos de sequestro, incêndios e agressões físicas.Sean Combs é o fundador da editora Bad Boy Records e vencedor de três prémios Grammy. O produtor não fez comentários públicos após ser conhecida a sentença, mas festejou o resultado em pleno tribunal..Mais de 100 pessoas acusam Sean 'Diddy' Combs de abusos sexuais. Menores entre as alegadas vítimas do rapper.Sean 'Diddy' Combs com fiança negada pela terceira vez. Aguarda julgamento por tráfico sexual