População passa noite na rua após sismo de 4,4 de magnitude em Nápoles
A região de Nápoles, no sul de Itália, foi abalada por um sismo de 4,4 de magnitude nas primeiras horas desta quinta-feira. Nas redes sociais, as imagens partilhadas mostram algumas consequências do abalo, nomeadamente pedras em cima de carros, destroços de casas caídos na rua e pessoas ao relento, com receio.
Uma mulher ficou ferida em Bagnoli devido à queda do teto falso da sua casa. A estabilidade da campanária da Igreja de Sant'Anna terá de ser avaliada.
Com 4,4 de magnitude, segundo indicou o Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV), este é um dos sismos mais fortes dos últimos 40 anos, igualando um outro de maio do ano passado.
Mas desta vez o sismo foi caracterizado por "graves acelerações, nunca antes registadas, confirmando a sua violência", segundo disse o presidente da Câmara de Pozzuoli, Luigi Manzoni, citado pela ANSA. De acordo com a agência noticiosa italiana, o sismo foi sentido com bastante intensidade e a "sensação foi mais ameaçadora".
O sismo ocorreu por volta da 1h25. O epicentro foi registado no mar de Nápoles, a uma profundidade de dois quilómetros. Segundo a ANSA, o tremor foi sentido numa ampla área em redor de Nápoles e dos Campos Flégreos.
A esse seguiram-se outros seis, o mais forte dos quais, de magnitude 1,6, foi registado à 1h40. O último, às 3h26, teve uma magnitude de 1,1.
Os Campos Flégreos são o maior supervulcão ativo da Europa e a região é conhecida pela sua elevada atividade vulcânica. Os supervulcões são caracterizados por uma câmara magmática excecionalmente grande e uma força imensa.
Na região vigora há dez anos um nível de alerta amarelo, recomendando-se cautela.