Numa visita à zona fronteiriça com o enclave russo de Kalininegrado, o primeiro-ministro polaco Donald Tusk garantiu aos jornalistas que ali se encontram “quilómetros” de instalações “impressionantes”, muitas das quais são invisíveis a olho nu. O chefe do Governo de Varsóvia considerou ainda que o projeto de 2,35 mil milhões de euros que o país está a desenvolver para fortificar a sua fronteira com esta região russa e também com a Bielorrússia é o primeiro deste género desde o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945. .O Escudo Oriental é uma iniciativa lançada pelo governo polaco para reforçar a segurança dos 500 km de fronteira que partilham com a Bielorrússia, aliada fiel da Rússia, e com o enclave russo de Kalininegrado. Mais um sinal de que os países próximos da Rússia e da Ucrânia estão a levar a sério a subida de tensão no conflito, sobretudo depois de o presidente russo ter alterado a doutrina nuclear do seu país para tornar mais fácil uma resposta com estas armas a um ataque de um país apoiado por outro que seja uma potência nuclear. Isto em resposta à autorização que os EUA e o Reino Unido deram à Ucrânia para usar os seus mísseis de longo alcance contra território russo..“Tudo o que estamos a fazer aqui - e vamos fazer o mesmo em toda a fronteira com a Bielorrússia e a Ucrânia - é deter e desencorajar um potencial agressor, por isso este é um verdadeiro investimento na paz”, garantiu Tusk, citado pela Sky News. O primeiro-ministro não adiantou como pretende reforçar a fronteira com a Ucrânia, de que a Polónia tem sido um dos maiores apoiantes desde a invasão russa, em fevereiro de 2022..Outro sinal de que a tensão continua a subir com Moscovo são as declarações do vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo. Segundo Sergei Ryabkov afirmou à agência russa TASS, o Kremlin estará a pensar retomar os ensaios nucleares, pela primeira vez desde 1990, pouco antes do colapso da União Soviética.