Paquistão recomenda Donald Trump para o Nobel da Paz
O Paquistão recomendou este sábado, 21 de junho, o presidente dos EUA, Donald Trump, para o prémio Nobel da Paz 2026 pela sua intervenção durante a recente crise entre Islamabad e Nova Deli, no passado mês de maio, destacando o seu papel de "verdadeiro pacificador". A nomeação surge numa altura em que o mundo aguarda para saber a decisão de Donald Trump sobre um possível envolvimento militar norte-americano no conflito entre Israel e Irão.
A recomendação do nome de Trump para integrar a lista dos laureados com o prémio Nobel da Paz é um "reconhecimento", por parte do governo paquistanês, por aquilo que o executivo de Islamabad considera ser a "intervenção diplomática decisiva" e a "liderança fundamental" de Donald Trump durante a "recente crise entre a Índia e o Paquistão".
O governo do Paquistão recorda que, "num momento de grande turbulência regional", Trump revelou ter uma "grande capacidade de previsão estratégica" nas negociações com vista a uma trégua entre os dois país, numa altura em que a "situação estava a deteriorar-se rapidamente".
Acabou por "garantir um cessar-fogo e evitar um conflito mais alargado entre os dois estados nucleares, que teria tido consequências catastróficas para milhões de pessoas na região e não só", salienta o Paquistão, em comunicado partilhado nas redes sociais.
"Esta intervenção é um testemunho do seu papel de verdadeiro pacificador e do seu empenhamento na resolução de conflitos através do diálogo", diz Islamabad.
No início de maio, as forças armadas da Índia lançaram um ataque contra locais do Paquistão e da Caxemira paquistanesa, que, segundo as autoridade de Nova Deli, albergavam "infraestruturas terroristas". A ofensiva indiana foi uma resposta ao ataque mortal, em abril, contra turistas na zona de Caxemira administrada pela Índia.
As hostilidades entre as duas potencias nucleares terminaram com um acordo de cessar-fogo anunciado por Donald Trump, e depois confirmado pelos dois países. O governo indiano fez saber, na altura, que o acordo foi “negociado diretamente” entre os dois países em conflito.
"Não, não vou receber um Nobel da Paz, independentemente do que fizer", diz Trump
"O governo do Paquistão também reconhece e admira muito as ofertas sinceras do presidente Trump para ajudar a resolver a disputa de longa data de Jammu e Caxemira entre a Índia e o Paquistão - uma questão que está no centro da instabilidade regional", diz Islamabad.
Ainda segundo a nota, o Paquistão diz ter esperança nos "esforços sinceros" de Trump para as "crises em curso no Médio Oriente, incluindo a tragédia humanitária que se desenrola em Gaza e a escalada de deterioração que envolve o Irão".
Nas redes sociais, Donald Trump elencou uma lista de conflitos que disse ter resolvido, mas não acredita que vá ser laureado com um Nobel.
“Não, não vou receber um Prémio Nobel da Paz, independentemente do que fizer, incluindo Rússia/Ucrânia e Israel/Irão, quaisquer que sejam os resultados, mas as pessoas sabem, e isso é tudo o que me importa!”, afirmou o presidente norte-americano.